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Petrobras vê acordo da Opep com cautela, afirma presidente

Segundo Pedro Parente, forte alta recente dos preços do petróleo decorrente do pacto pode não se manter e valor vai depender da produção de xisto

Por Da redação
Atualizado em 2 dez 2016, 14h12 - Publicado em 2 dez 2016, 14h11

O acordo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para cortar a produção deve ser visto com “muito cuidado”, uma vez que a forte alta recente dos preços do petróleo decorrente do pacto pode não se manter, disse nesta sexta-feira o presidente-executivo da Petrobras, Pedro Parente, durante apresentação em São Paulo.

Segundo Parente, o cenário de preços vai depender da produção de petróleo de xisto nos Estados Unidos. Ele avaliou que os produtores norte-americanos de óleo não convencional podem aumentar a extração na esteira do acordo da Opep, levando novamente os preços de volta para um patamar entre 40 e 50 dólares o barril.

O Brent era negociado em queda de cerca de 1%, a cerca de 53,50 dólares por volta das 11h40 (horário de Brasília), após subir mais de 10% na semana, a mais forte alta semanal desde 2009, seguindo a decisão da Opep de reduzir a produção em 1,2 milhão de barris por dia (bpd) a partir de janeiro, para 32,5 milhões bpd.

“Essa decisão da Opep promove crescimento importante de preços nos últimos dias… mas é uma coisa que a gente tem que olhar com muito cuidado porque a sustentação desses novos níveis depende muito da produção do ‘shale’… como eles têm essa rapidez, isso pode na verdade atrair mais produção de ‘shale’ e trazer de novo os preços para o nível entre 40 e 50 (dólares/barril)”, declarou Parente, comentando que esse é o patamar da viabilidade econômica da produção de óleo de xisto nos EUA.

A avaliação de preços de combustíveis da Petrobras, que agora discute o assunto pelo menos uma vez por mês, de acordo com a nova política, depende de como estão as cotações do petróleo.

Segundo analistas consultados pela Reuters nesta semana, a alta nas cotações do petróleo, após o acordo da Opep, e os ganhos do dólar, na esteira da eleição de Donald Trump e das tensões políticas no Brasil, deverão ser argumentos fortes para a Petrobras elevar os preços da gasolina e do diesel.

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Parente revelou, durante sua apresentação no encontro anual da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), que o comitê que decide sobre os preços deverá se reunir ainda nesta primeira quinzena de dezembro, mas não detalhou a data nem uma tendência para um eventual reajuste.

Mas o executivo afirmou que espera que a nova política de preços da Petrobras, anunciada em outubro, faça com que os reajustes sejam vistos com mais naturalidade, como acontece em outros países.

“O mercado antes discutia se Petrobras teria política de preços, e agora discute se empresa vai de fato cumprir a política após mudanças no câmbio e no Brent que apontam para custo maior do petróleo”, disse ele.

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(Com Reuters)

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