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Petrobras tem a menor cotação na Bolsa desde 2005

No dia em que os papéis da estatal caíram mais de 6%, ela foi ultrapassada pelo Bradesco em valor de mercado

Por Da Redação
8 dez 2014, 15h55

Atualizado às 19h22

Na corrida pelas maiores empresas da Bolsa de Valores, a Petrobras acaba de amargar o quarto lugar. Com a queda de mais de 6% na Bolsa, as ações preferenciais da estatal tiveram, nesta segunda-feira, sua menor cotação em quase dez anos: 11,50 reais. O piso anterior foi registrado em 18 de novembro de 2005, dois anos antes da descoberta do pré-sal, quando as ações da estatal estavam cotadas a 11,42 reais, segundo cálculos da Economatica. Também pela primeira vez, o Bradesco superou a estatal em valor de mercado. Levantamento da consultoria Economatica mostrava que, até sexta-feira, as duas empresas estavam empatadas. Contudo, com a queda de mais de 6% das ações da Petrobras nesta segunda, a estatal foi superada pelo banco.

Dados da BM&FBovespa mostram que, às 17h17, o valor de mercado da Petrobras estava em 144 bilhões de reais, enquanto o do Bradesco estava em 146,6 bilhões de reais. A diferença só não se aprofundou mais porque também os papéis do banco despencavam na Bolsa, com queda de 5%.

Com a recente queda, a Petrobras está atrás não só do Bradesco, mas também do Itaú e da Ambev. A fabricante de bebidas e o banco ocupam, respectivamente, primeiro e segundo lugar entre as maiores empresas listadas na Bolsa. O Ibovespa fechou em queda de 3,31% nesta segunda-feira, impactado pelo desempenho das ações da estatal e também das instituições financeiras.

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Uma das principais causas do desempenho ruim da Bolsa de Valores nesta segunda é queda do preço do petróleo, Em Londres, o Brent chegou a ser negociado abaixo de 66 dólares o barril. Além disso, investidores montam posições na expectativa do balanço não auditado da companhia, que deve ser divulgado na sexta-feira.

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A Petrobras é o centro das investigações da Operação Lava Jato, conduzida pela Polícia Federal, e que apura o desvio de recursos da empresa para caixas de partidos políticos, por meio de contratos com empreiteiras. Desde que o esquema foi trazido à luz, os papéis da estatal vêm sendo castigados na Bolsa. No aspecto dos negócios, as principais obras da estatal estão paralisadas, como a refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, e o Comperj, no Rio de Janeiro. Neste fim de semana, uma área de Abreu e Lima começou a funcionar. Mas as obras para a conclusão da refinaria estão paradas.

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A Petrobras perdeu 72% de seu valor de mercado entre maio de 2008, quando o preço da ação da empresa atingiu seu auge, e os dias de hoje. Isso significa que o brasileiro que investiu 1.000 reais em papéis da empresa em 2008 tem, hoje, apenas 280 reais.

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Durante o período eleitoral, as ações da empresa chegaram a subir na esteira da perspectiva de que Dilma não se reelegesse. O mercado entendia que a permanência do PT na Presidência se traduz em maior ingerência política na empresa. Com a vitória da presidente e o aprofundamento das investigações, as ações da estatal despencaram. Entre 27 de outubro e esta segunda-feira, a queda chega a 28,6%.

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Atualização às 19h22: Há uma discrepância entre os históricos das cotações registrados pelos diferentes sistemas de acompanhamento da BM&FBovespa. No caso do Google Finance, a menor cotação para a Petrobras foi registrada em janeiro de 2005. Já a Reuters aponta outubro de 2005. Contudo, a Economatica possui um levantamento mais preciso, por isso serviu como fonte para a reportagem. Segundo a consultoria, ao se levar em conta todos os cálculos de distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio ao longo dos últimos 10 anos, o valor exato da cotação mínima para a ação preferencial da Petrobras é de 11,42 reais, registrado em 18 de novembro de 2005.

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