Petrobras e Vale fazem Ibovespa recuar 0,61%

A Bolsa de Valores de São Paulo iniciou maio em baixa, pressionada pelo tombo das ações Petrobras e Vale. As perdas no fechamento, entretanto, ficaram bem abaixo das registradas no pior momento da sessão. No final do dia, a bolsa brasileira recebeu uma injeção de ânimo graças à robustez dos ganhos em Wall Street, na esteira da divulgação de indicadores que mostraram recuperação da economia dos Estados Unidos.
O índice Bovespa abriu o mês com queda de 0,61%. Na mínima do pregão, chegou a amargar queda de 1,20%. O resultado foi impulsionado pelo mau desempenho dos papéis da Vale e da Petrobras.
No caso da mineradora, o que motivou a queda das ações foi a decisão de o governo da China subir, pela terceira vez em 2010, o compulsório bancário (0,50 ponto porcentual) numa nova tentativa de evitar a especulação no mercado imobiliário. Os papéis também sentiram a proposta do governo australiano de um novo imposto sobre lucros, que pode chegar a 40% dos lucros das operações de mineração no país a partir de julho de 2012. Vale ON perdeu 2,49% e Vale PNA recuou 2,54%.
Já Petrobras despencou 4,19% na ação ON e 3,96% na PN, depois que o JPMorgan rebaixou a recomendação para os papéis da empresa de “overweight” para “neutral” e reduziu o preço-alvo para o ADR, de US$ 57,00 para US$ 48,00. O argumento da instituição é que é melhor esperar que muitas questões sobre a capitalização sejam resolvidas após o anúncio de que operação será feita por meio de uma oferta global de ações.
EUA – Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones subiu 1,30%, o S&P avançou 1,31%, e o Nasdaq terminou teve alta 1,53%. O desempenho foi reflexo do otimismo com os indicadores da economia local. Veio excepcionalmente bom o ISM industrial, que subiu para 60,4 em abril, o maior nível desde junho de 2004. Agradaram também os gastos dos consumidores dos EUA em março (+0,6%), com construção (+0,2%) e a renda pessoal (+0,3%).
As ações norte-americanas se animaram ainda com o anúncio de um acordo de fusão entre a United Airlines (UAL) e a Continental Airlines que resultará na criação da maior companhia aérea do mundo em termos de receita.
Europa – Na Europa, as bolsas também encerraram seus pregões com ligeira alta, graças às boas notícias vindas de Nova York. Foi o suficiente para que os operadores deixassem de lado a precaução com os detalhes do pacote de ajuda financeira à Grécia.
Neste domingo, o FMI e um conjunto de países da zona do euro concordaram em oferecer 110 bilhões de euros ao governo grego, em três anos – montante, no entanto, que exigirá contrapartida de Atenas na forma de um austero regime fiscal. No início do dia, os investidores estavam temerosos justamente com a contrapartida grega.
Hoje, o gabinete do governo da Alemanha aprovou sua contribuição, de 22,4 bilhões de euros, informou a BBC. O parlamento alemão, que ainda precisa ratificar o socorro, disse que está disposto a fazê-lo ainda nesta semana. O país ficará responsável por praticamente 30% dos 80 bilhões de euros que sairão de empréstimos bilaterais dos governos da eurozona.
Na Bolsa de Valores de Frankfurt, o índice Dax avançou 0,51%. Em Paris, o índice CAC-40 subiu 0,30%. Não houve pregão em Londres por conta de um feriado bancário. Por sua vez, o índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,3%.
Em Oslo, as ações da Norsk Hydro subiram 2,6% depois de a companhia norueguesa ter decidido comprar os ativos de alumínio da Vale em um acordo de US$ 4,9 bilhões.
Na Bolsa de Madri, o índice Ibex-35 fechou em queda de 0,66%. Em Lisboa, o índice PSI-20 ficou estável em 7.409,69 pontos. Por fim, em Atenas, o índice composto ASE recuou 0,88%.
(com Agência Estado)