Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

PESQUISA-Mais participantes veem Brent abaixo de US$100 em 2013

Por Da Redação
24 Maio 2012, 12h02

Por Koustav Samanta e Dmitry Zhdannikov

24 Mai (Reuters) – Um número crescente de analistas começa a prever o preço médio do petróleo tipo Brent abaixo de 100 dólares o barril no próximo ano por causa da pressão de baixa da crise da dívida na Europa, da desaceleração do crescimento econômico chinês e das esperanças de uma resolução para a crise nuclear iraniana.

Pesquisa mensal da Reuters sobre o petróleo, com base em previsões de 37 analistas, aponta o valor médio do Brentem 115,10 dólares o barril em 2012, recuo de 2,20 dólares ante pesquisa realizada em abril – o corte mais acentuado na comparação mês a mês ao longo do último ano.

Em 2013, o Brent é visto em média a 113,20 dólares o barril, também um corte de 2,20 dólar a partir de abril. Um terço dos analistas reduziram suas previsões depois de uma queda nos preços de 125 dólares no início de abril para pouco mais de 105 dólares agora.

Continua após a publicidade

Embora eles permaneçam como minoria, cinco analistas agora estão prevendo agora um valor médio abaixo de 100 dólares no próximo ano, três a mais do que na sondagem do mês passado.

“A crise na zona do euro tende a entrar numa nova fase e muito mais perigosa. Isso pode envolver não apenas os calotes soberanos na periferia, mas também a potencial saída de um ou mais países da união monetária juntamente”, disse o analista da Capital Economics, Julian Jessop.

Jessop acrescentou que outro catalisador para a próxima grande baixa nos preços do petróleo poderia ser uma flexibilização das sanções contra o Irã. A Capital Economics tem a menor previsão na enquete, apontando o Brent em média de 104 dólares em 2012, 85 dólares em 2013 e 80 dólares em 2014.

Continua após a publicidade

Outros analistas que estão prevendo petróleo em média abaixo de 100 dólares o barril em 2013 incluem o Centro de Estudos de Energia Global (CGES), Nomisma Energia, Raymond James Ltd., e Santander. A Chevreux tem previsão de petróleo exatamente na média de 100 dólares no próximo ano.

O Brent até agora este ano ficou em média a 117,60 dólares.

“O risco macroeconômico que vem da Europa terá de se dissipar antes de vermos os fundamentos do mercado de petróleo bruto dominarem os preços novamente”, disse Michael Creed, do National Australia Bank.

Continua após a publicidade

Um quarto dos entrevistados ainda prevê os preços do Brentigual ou acima de 120 dólares o barril em 2012 e quase metade dos entrevistados aponta valores iguais ou superiores a 120 dólares no próximo ano.

A maior previsão para este ano é da Société Générale de 127 dólares o barril. Para o próximo ano, o Goldman Sachs em 130 dólares e o Credit Suisse em 132,5 dólares são as previsões mais otimistas. A forte demanda na Ásia e a diminuição da capacidade ociosa na Arábia Saudita são citadas muitas vezes como os principais fatores altistas.

“Considerando as ações dos bancos centrais do mundo para estimular a economia – mesmo que a tensão no Oriente Médio desapareça, ainda há risco para uma alta no mercado de petróleo uma vez que a inflação começa a corroer”, disse Thorbjoern Bak Jensen, da Global Risk Management.

Continua após a publicidade

A pesquisa apontou que o petróleo WTI nos EUA deve ficar na média em 103,10 dólares por barril, redução de 2,50 dólares ante os 105,60 dólares previstos em abril.

O desconto do WTI em relação ao Brent deve diminuir para 7 dólares o barril no próximo ano, ante 12 dólares neste ano, com o gasoduto Seaway tornando-se operacional, disseram analistas.

O duto Seaway começou a bombear petróleo bruto dos tanques de óleo de Cushing, Oklahoma, para o coração da indústria de refino dos EUA em Houston no último sábado, marcando uma mudança histórica na maneira do fluxo de petróleo através dos Estados Unidos.

Continua após a publicidade

“Uma redução significativa deve ocorrer quando a capacidade do oleoduto que liga Cushing à costa do Golfo atingir 400 mil barris por dia”, disse Sebastian Wehrle, da JBC Energy.

(Pesquisa e reportagem adicional de Soma Das, em Bangalore, e Dmitry Zhdannikov em Londres)

(Tradução Redação São Paulo 55 11 56447751))

REUTERS FG GB

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.