Pentágono quer barrar celulares chineses em lojas de bases militares
Autoridades de Washington dizem que Pequim pode ordenar que fabricantes chineses invadam produtos para espionar ou desabilitar as comunicações
O Pentágono está tentando deter a venda de telefones fabricados pelas empresas chinesas Huawei Technologies e ZTE Corp. nas lojas de varejo em bases militares americanas em todo o mundo. O motivo alegado seriam possíveis ameaças que esses aparelhos poderiam representar para a segurança do país.
A medida intensifica um aperto que o governo Trump colocou nos dois fabricantes chineses de equipamentos de telecomunicações e celulares. Autoridades de Washington dizem que Pequim pode ordenar que os fabricantes chineses invadam produtos fabricados por eles para espionar ou desabilitar as comunicações. A Huawei e a ZTE disseram que isso nunca aconteceria.
Uma das empresas alvo da ordem é a Huawei, apelidada de Apple da China. No ano passado, a empresa desbancou a Apple como segunda maior vendedora de celulares no mundo.
“Dispositivos da Huawei e da ZTE podem representar um risco inaceitável para o pessoal, para as informações e missão do departamento”, disse o major do Exército Dave Eastburn, porta-voz do Pentágono em um comunicado.
Eastburn disse que o Pentágono não pode ditar se as tropas devem comprar os telefones em outro lugar, para uso pessoal. Mas que eles “deveriam estar atentos aos riscos de segurança representados pelo uso” dos dispositivos. O Pentágono também está avaliando se é necessário criar uma assessoria militar em relação à compra ou uso de dispositivos móveis.