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PDG adia transição e Grabowsky segue na presidência

Por Da Redação
4 abr 2012, 12h39

Por Vivian Pereira

SÃO PAULO, 4 Abr (Reuters) – O presidente-executivo da PDG Realty, Zeca Grabowsky, disse nesta quarta-feira que decidiu permanecer no comando da construtora e incorporadora, adiando o processo de transição na presidência da companhia.

“É minha decisão, junto com o conselho, de não realizar a transição na diretoria nesse momento. Assim sendo, vou continuar como CEO da PDG após a assembleia”, disse ele em teleconferência com investidores e analistas sobre os resultados de 2011. “Vamos voltar a tratar esse assunto no momento mais apropriado”.

Na terça-feira, uma fonte de uma das unidades da companhia afirmou à Reuters que Grabowsky deixaria o cargo e seria substituído pelo atual diretor financeiro e de Relações com Investidores, Michel Wurman.

A movimentação, segundo as declarações de Grabowsky nesta quarta, ocorreria após assembleia geral ordinária no início de maio.

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A notícia da eventual troca no comando da companhia, somada a dúvidas sobre a qualidade dos resultados que seriam divulgados, não agradou o mercado na terça-feira -com as ações da PDG chegando a cair 7,4 por cento na mínima e terminando o dia com desvalorização de 3,6 por cento.

“Foi uma decisão mútua, uma revisão da ideia… vamos falar da transição em uma época mais propícia. Tem muita coisa acontecendo na empresa agora”, acrescentou o executivo.

De fato, a PDG enfrentou uma série de ajustes ao longo do ano passado e tem como meta para 2012 colocar a casa em ordem.

“O ano passado foi de ajustes após o longo ciclo de crescimento nos cinco anos desde o IPO”, disse Grabowsky. “O foco está na organização interna e na melhoria de processos, medidas que já trarão benefícios em 2012.”

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A estratégia traçada pela construtora para reorganizar as operações inclui, entre outras medidas, a redução progressiva da participação de parceiros em projetos.

A gestão de obras de terceiros foi responsável por um dos principais impactos nos resultados de 2011. As obras terceirizadas acarretaram efeitos não provisionados, levando a uma revisão de orçamento de 222,15 milhões de reais no final do ano.

“Ainda temos uma parcela de obras com terceiros que serão entregues ao longo de 2012”, disse o executivo, assinalando que os novos projetos não devem mais contar com parceiros.

Atualmente, 80 por cento das obras da PDG são feitas internamente, sendo apenas 20 por cento terceirizadas. Até o final deste ano, a PDG espera alcançar 90 por cento de obras próprias.

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Depois de iniciarem o pregão desta quarta-feira em queda, as ações da PDG se recuperavam e subiam 1,01 por cento às 12h17, a 6,02 reais, enquanto o Ibovespa caía 1,15 por cento.

RESULTADOS

Após adiar a divulgação dos resultados de a 2011, a PDG informou na noite de terça-feira que encerrou o quarto trimestre com prejuízo líquido de 20,4 milhões de reais, revertendo lucro de 202,8 milhões obtido um ano antes, conforme dados preliminares e não auditados.

A média de seis previsões de analistas obtidas pela Reuters apontava lucro de 218,7 milhões de reais para a empresa no de outubro a dezembro, sem considerar os ajustes decorrentes principalmente da revisão de orçamento ao final de 2011.

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A divulgação era prevista anteriormente para sábado, mas a companhia alegou dificuldades no processo de integração de sistemas de gestão grupo de empresas da Agre para o sistema SAP da PDG.

Ao apresentar seus números, a empresa informou que será necessário mais tempo para que os auditores concluam os trabalhos.

Segundo Grabowsky, até o final desta semana a companhia deve divulgar os dados auditados e consolidados, que “não devem ter alterações relevantes”.

PREVISÕES

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A companhia decidiu reduzir a previsão de lançamentos este ano para entre 8 bilhões e 9 bilhões de reais, contra estimativa anterior de 9 bilhões a 11 bilhões de reais, uma redução de 15 por cento se considerado o ponto médio das metas.

“O mercado continua muito forte, foi uma decisão estratégica da companhia”, afirmou Grabowsky. “De 8 bilhões a 9 bilhões (de reais) não é um volume baixo de lançamentos… não tem nada a ver com sinal de mercado pior, mas de ter maior eficiência”.

A PDG prevê ainda a entrega de entre 35 mil e 38 mil unidades em 2012, sendo 12 mil da Agre, que tem 8 mil unidades com atraso de mais de seis meses. Em termos de lançamentos, a Agre deve responder por entre 45 e 50 por cento do volume previsto para o ano.

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