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Paulo Guedes indica Roberto Castello Branco para presidir Petrobras

Economista já integrou Conselho de Administração da estatal entre 2015 e 2016

Por Da Redação
Atualizado em 19 nov 2018, 08h40 - Publicado em 19 nov 2018, 07h52

O economista Roberto Castello Branco foi indicado pelo futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, para presidir a Petrobras no governo de Jair Bolsonaro (PSL). Segundo a assessoria de imprensa de Guedes, o convite foi aceito.

Castello Branco já participou do Conselho de Administração da estatal entre 2015 e 2016, durante o governo de Dilma Rousseff (PT), quando foi presidente do comitê financeiro e membro do comitê de auditoria.

Ex-diretor do Banco Central e da Vale, Castello Branco integrou na campanha do então presidenciável um grupo de economistas para formular propostas na área. Atualmente, ele é diretor da Fundação Getulio Vargas.

Era desejo do futuro governo que o atual presidente da petroleira estatal, Ivan Monteiro, permaneça na administração. Há conversas para que ele assuma o comando do Banco do Brasil. Caso essa negociação se confirme, o comando da Caixa poderia ficar nas mãos dos economistas de Rubem Novaes ou de Pedro Guimarães.

Castello Branco é visto como homem de confiança de Guedes e seu nome já vinha sendo cogitado para o posto. Mas, como o trabalho de Monteiro à frente da Petrobras era bem avaliado pelo futuro ministro da Economia, havia disposição para que ele permanecesse no comando da petroleira.

 

Monteiro mostrou-se, contudo, reticente em permanecer na estatal. De acordo com relato reservados, ele argumentou que o trabalho de reestruturação financeira já havia sido feito na companhia e descreveu o desgaste a que se submeteu nos últimos anos como empecilho para sua confirmação.

Para Guedes, o desenho ideal é ter Castello Branco na Petrobras e Monteiro, que fez carreira no Banco do Brasil, no comando da instituição financeira. Como Guedes, Castello Branco tem formação na Universidade de Chicago e já vinha contribuindo com propostas para o programa do futuro governo na área de óleo e gás.

Caixa

Rubem Novaes, que foi diretor do BNDES e é professor da FGV, e Pedro Guimarães, sócio do banco Brasil Plural, estão ambos bem cotados para assumir o comando da Caixa nesse desenho.

A atual secretária executiva do Ministério da Fazenda, Ana Paula Vescovi, chegou a ser sondada para o cargo, mas não se mostrou entusiasmada com a proposta. Paulo Guedes tem repetido aos mais próximos que quer auxiliares “com brilho nos olhos” e não apenas com currículo adequado para exercer as funções.

Novaes chegou a ser cogitado para o comando do BNDES, mas como as conversas com Joaquim Levy avançaram, ele deve ser realocado para outra área do governo.

Com a confirmação dos nomes de Levy no comando do BNDES e Mansueto de Almeida na secretaria do Tesouro Nacional, a futura equipe econômica chefiada por Guedes vai tomando forma. Na área do atual Ministério do Planejamento, que será incorporado à pasta de Guedes, o atual ministro Esteves Colnago é bem cotado para seguir no posto, mas não há definição.

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Ao seu time, Guedes tem dito que deseja enxugar o número de secretarias e também reestruturar algumas áreas de seu futuro “superministério”. Ele gostaria, por exemplo, de criar uma secretaria de “produtividade e emprego”.

Também já indicou que pretende convidar outros nomes do mercado para integrar a futura administração, trazendo, até mesmo, empresários. Guedes já citou Salim Mattar, sócios da Localiza, a interlocutores como um “bom nome” para integrar seu superministério.

O que pensa

Quando ainda exercia o cargo de conselheiro da estatal, Roberto Castello Branco já se manifestou contra o subsídio dado aos preços dos derivados de petróleo e o grande volume de investimentos em refinarias.

Ele também era, na ocasião, crítico à política de conteúdo local no setor de petróleo do Brasil. Para o economista, a situação criou condições para o funcionamento bilionário do esquema de corrupção apurado pela Operação Lava Jato.

(com Estadão Conteúdo)

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