Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Patrão não pode coagir funcionário a votar em seu candidato, diz MPT

Para o procurador-geral do trabalho, Ronaldo Curado Fleury, a interferência do empregador sobre o voto do funcionário pode configurar assédio moral

Por Fabiana Futema Atualizado em 3 out 2018, 09h15 - Publicado em 3 out 2018, 09h15

Empresários não podem coagir seus funcionários a votar nos candidatos que apoiam. Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT), é proibido impor, coagir ou tentar  direcionar as escolhas políticas de seus empregados.

Para o procurador-geral do trabalho, Ronaldo Curado Fleury, a interferência do empregador sobre o voto de seus empregados pode configurar assédio moral.

Esse tipo de prática pode ser alvo de investigação e ação civil pública por parte do MPT por discriminação em razão de orientação política. “Se ficar comprovado que empresas estão, de alguma forma e ainda que não diretamente, sugestionando os trabalhadores a votar em determinado candidato ou mesmo condicionando a manutenção dos empregos ao voto em determinado candidato, essa empresa vai estar sujeita a uma ação civil pública”, explica Fleury.

A orientação  do MPT vem à tona após empresários declararem apoio a Bolsonaro. Um deles é Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, que utilizou um canal interno de comunicação para dizer que se um candidato “de esquerda” vencer a eleição presidencial de 2018 ele vai repensar sua estratégia comercial e pode fechar algumas das 114 unidades do grupo no Brasil. “Talvez, eu não abra mais lojas. Se nós voltarmos para trás, você está preparado para sair da Havan? Para ganhar a conta da Havan?”, questionou.

Continua após a publicidade

A mensagem foi encarada como uma espécie de pressão de Hang sobre o voto dos funcionários. Mas Hang afirmou que seus empregados são livres para votar em quem desejarem, mas que a Havan “fala francamente” sobre seus planos. “Eu preciso passar a realidade para os trabalhadores. Tenho um plano estratégico para o futuro. Eu disse que, se nós formos politicamente para um lado, a Havan vai fazer uma coisa, mas, se formos para outro lado, faremos outra coisa”, disse.

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.