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Pastore: desoneração da folha indica reforma trabalhista

Por Da Redação
19 abr 2012, 16h05

Por Francisco Carlos de Assis

São Paulo – O economista da Universidade de São Paulo (USP) e especialista em relações do trabalho, José Pastore, disse nesta quinta-feira que a desoneração da folha de pagamento indica que o governo poderá promover a reforma trabalhista em breve. Pastore falou durante a reunião do Conselho de Economia da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP), sobre o tema “O Brasil está crescendo? Como ficará a economia após o pacote de estímulo do governo?”.

Na avaliação do economista, com a desoneração o custo sobre a folha de pagamento de alguns setores caiu de 102% para 79%. Para ele, essa medida deveria ser estendida a todos os setores da economia. Ele diz que uma reforma trabalhista se faz necessária e urgente, pois o custo do trabalho no Brasil tem crescido acima da produtividade. Como exemplo, citou que, entre 2008 e 2011, o salário médio da indústria de transformação cresceu 25% acima da inflação e 150% em dólar, enquanto o salário médio de outros setores cresceu 12,4% e a produtividade nem chegou a se expandir nesse período.

Ainda de acordo com Pastore, ao desonerar a folha de pagamento, o Partido dos Trabalhadores (PT) reconheceu que os elevados encargos sobre a folha de pagamento são um dos principais entraves à atividade industrial e ao crescimento econômico. “O governo do PT, que sempre resistiu à ideia de que o custo do trabalho é alto, agora reconheceu o que eu sempre defendi”, disse, acrescentando que, depois de anos ouvindo críticas de economistas do PT, atualmente tem sido chamado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, para participar das discussões sobre a desoneração da folha.

As medidas de incentivo do governo, diz Pastore, impactaram de forma positiva na indústria de transformação, que deverá responder bem. Para o economista da USP, o mercado de trabalho continua apertado, mas se a economia como um todo crescer no segundo semestre, como prevê boa parte dos economistas, o País fechará o ano com pleno emprego, com a taxa de desemprego entre 5,5% e 6% da População Economicamente Ativa (PEA).

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