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Para evitar calote, Venezuela apela à exportação de ouro à Europa

País, que enfrenta grave recessão e inflação de três dígitos, tem que pagar 1,5 bilhão de dólares a credores nesta sexta-feira

Por Da Redação
25 fev 2016, 16h13

Para se livrar do que deve a seus credores, a Venezuela enviou um total de 1,3 bilhão de dólares em barras de ouro para a Suíça em meados de janeiro, de acordo com dados divulgados pela Administração Aduaneira Suíça citados pela rede americana CNN.

Esse carregamento de ouro foi exportado algumas semanas antes de dois grandes vencimentos deste mês, totalizando 2,3 bilhões de dólares. Nesta sexta-feira, o país tem que pagar um total de 1,5 bilhão de dólares.

A Venezuela está ficando sem dinheiro, e muitos especialistas acreditam que há uma grande chance de o calote vir nos próximos meses. Para Russ Dallen, sócio da Latinvest, a questão agora é não é mais se a Venezuela vai decretar o calote, mas quando. “Eles estão ficando sem opções”, diz. E é por isso que o país está usando o que resta de suas reservas de ouro para fazer os pagamentos de dívida.

A decisão do país de vender seu ouro para a Europa é correta, na opinião de especialistas, porque a Suíça é uma das maiores referências no cuidado com o metal, além de ter o selo mais confiável de pureza da preciosidade. Portanto, assim que as autoridades suíças verificarem a qualidade do ouro, a Venezuela poderá vendê-lo e, assim, conseguir o dinheiro necessário.

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A Venezuela também pode usar seu ouro como garantia em troca de um empréstimo de dinheiro dos bancos, procedimento conhecido como swap de ouro – o que muitos acreditam ser a razão principal das exportações.

Esta semana, o país anunciou que suas reservas caíram 14,5 bilhões de dólares em novembro, o menor nível desde 2003. Desse total, 10,9 bilhões de dólares estão em barras de ouro. Mas muitos especialistas acreditam que as reservas do país não passam de 1 bilhão de dólares.

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“Não há dinheiro suficiente para pagar suas dívidas externas”, diz Mauro Roca, economista do Goldman Sachs. “O ambiente econômico é um dos piores do mundo. É claramente insustentável.”

O país está em recessão econômica grave. A inflação está subindo rapidamente – o Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que vai subir 720% este ano – e sua economia despencou no ano passado, queda de 10%. O valor de sua moeda, o bolívar, despencou.

(Da redação)

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