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Para especialistas, pacote de bondades tem efeito quase nulo

Para ex-presidente do BC Gustavo Loyola, medidas nem sequer constituem um "pacote"​

Por Da Redação
19 jun 2014, 10h19

O efeito econômico do pacote de medidas para estimular a indústria, anunciado na quarta-feira pelo governo Dilma Rousseff, será “bem pequeno, ou quase nulo”, na opinião do economista Gustavo Loyola, ex-presidente do Banco Central. Sócio-diretor da Tendências Consultoria, Loyola criticou o pacote apresentado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Para ele, as medidas nem sequer constituem um “pacote”.

“Algumas medidas anunciadas são simples prorrogações de programas que já existem. É quase como inaugurar uma obra que já existe. O efeito prático é bem pequeno, ou quase nulo”, disse Loyola, para quem o pacote tem cunho mais político do que econômico.

Por outro lado, Loyola afirma que as medidas voltadas a incentivar o mercado de capitais, anunciadas pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, na segunda-feira “são corretas, e fazem sentido”. “Há ali um direcionamento correto, e são medidas que, se saírem mesmo do papel, podem ter efeito. Mas as de hoje (quarta-feira), não. Prorrogar um programa que já existe e recriar outro com alíquota muito inferior à que existia?”, criticou o ex-presidente do BC. “Do ponto de vista econômico há muito pouco a ser comentado.”

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Na avaliação do sócio da Tendências, o ritmo frenético de anúncios de medidas econômicas, característica da gestão Dilma, foi reduzido porque a própria presidente percebeu que não poderá mexer mais com as contas públicas. “Não há mais espaço fiscal, acabou a munição do governo. Por isso essas medidas (de ontem) são como são, quer dizer, de impacto fiscal pequeno”, disse Loyola.

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Para o economista-sênior do Espírito Santo Investment Bank (Besi Brasil), Flávio Serrano, as medidas de incentivo devem sempre ser vistas como positivas, mas, no caso do pacote de quarta, o quadro é outro. “Não me parece algo novo e que venha a produzir impactos importantes na economia. Não critico a medida em si, mas não é isso que vai salvar a indústria.”

Pacote – Dilma tentou agradar o empresariado brasileiro anunciando na quarta-feira, dentre outras medidas, a volta do chamado Reintegra, instrumento criado pelo governo para devolver uma parcela dos impostos pagos aos exportadores de produtos manufaturados. Agora ele ganha status de permanente. A presidente também comunicou melhoria das condições de adesão ao Refis (programa de refinanciamento de dívida do governo), com a criação de novas faixas de pagamento para empresas que buscam refinanciar seus débitos.

(com Estadão Conteúdo)

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