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Para diretor do BC, inflação baixa de julho é exceção

Em evento em Belém, Carlos Hamilton disse que o IPCA do mês passado será o menor do ano

Por Da Redação
12 ago 2013, 19h32

A inflação mensal provavelmente atingiu seu menor nível mensal neste ano em julho, avaliou nesta segunda-feira o diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton, sinalizando que virão variações maiores nos próximos meses. A fala do diretor destoa do discurso da presidente Dilma Rousseff, que comemorou fortemente o resultado do mês passado, se esquecendo de que, o arrefecimento da inflação tem forte influência sazonal.

“De janeiro a julho, de um modo geral, nós tivemos a inflação mensal recuando e, de agora em diante, é plausível afirmar que a inflação mensal teve o melhor momento em julho e que tende a ser maior”, comentou o diretor durante apresentação do Boletim Regional do BC, em Belém, acrescentando que já em agosto e nos próximos meses a inflação será maior.

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Por outro lado, Hamilton reforçou que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, deve entrar em declínio no resultado acumulado já no segundo semestre. “Tivemos inflação muito elevada no final do ano passado, então esses números, à medida que o tempo passa, vão sendo substituídos”, afirmou o diretor.

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Em julho, indicador desacelerou para 0,03%, na menor alta desde julho de 2010, por influência do recuo nos preços de alimentos e transporte. Em 12 meses, o índice acumula alta de 6,27% até julho, próximo do teto de 6,5% da meta de inflação do governo, de 4,5% com banda de tolerância de dois pontos porcentuais para cima ou para baixo.

A declaração do diretor de que a inflação atingiu seu melhor momento em julho ocorre a duas semanas da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, marcada para os dias 27 e 28, quando será definido o novo patamar para a Selic, a taxa básica de juros, usada para controle inflacionário.

Selic – O Copom começou a elevar o juro básico em abril para segurar a escalada de preços, quando a taxa Selic passou de 7,25% para 7,5% ao ano e, após mais duas altas de 0,5 ponto porcentual, está atualmente em 8,5%.

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O mercado acredita que o BC continuará com seu ciclo de aperto monetário e vê a Selic a 9,25% no final do ano, segundo a pesquisa Focus. Os agentes econômicos acreditam que virá uma nova alta de 0,50 ponto porcentual na taxa na reunião do Copom de agosto.

Câmbio – Carlos Hamilton também reconheceu que há pressão cambial para os preços e reforçou que a “condução adequada da política monetária” ajuda a mitigar esse movimento. De maio para cá, o dólar acumula valorização de 14,21% ante o real, refletindo uma maior desconfiança com a economia brasileira e a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano) vai reduzir o seu programa de estímulo monetário, que tem garantido alta liquidez internacional.

O diretor negou, por outro lado, que a autoridade monetária tenha mudado sua atuação no mercado cambial e acrescentou que a ação do BC continua “a mesma desde sempre”, reforçando que não há compromisso com taxas de câmbio. “O BC se reserva o direito de intervir quando julga que as condições de mercado assim o permitam. O BC opera como sempre operou.”

(com agência Reuters)

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