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Para aliados, reforma da Previdência será votada só após eleições

Base do presidente Michel Temer reconhece que governo vai ter dificuldade de aprovar até mesmo versão mais enxuta da proposta

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 27 out 2017, 15h32 - Publicado em 27 out 2017, 08h40

Prioridade da agenda econômica, a reforma da Previdência dificilmente avançará no Congresso até as eleições de 2018, segundo líderes dos principais partidos da base aliada. Mesmo a aprovação da versão mais enxuta é tida como improvável.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reabriram ontem as negociações sobre o tema, mas Meirelles deixou a casa de Maia sem uma previsão de data para a votação do projeto, como pretendia. Aliados de Maia reconhecem que ele não quer traçar um calendário para a votação da proposta para não arcar sozinho com esse desgaste, caso o cronograma não seja cumprido.

Meirelles também não quer ficar amarrado a uma data fixa pela qual possa ser cobrado depois. Mas o empenho do governo é para que a proposta seja votada em primeiro e segundo turnos na Câmara até o fim do ano.

“Nem pensar. Não vejo clima favorável nenhum para aprovar neste ano. No próximo, pior ainda. Isso é projeto para ser discutido em início de mandato”, afirmou o líder do PR, José Rocha (BA), que comanda a sexta maior bancada da Casa, com 38 deputados. A “base de sustentação” do governo é hoje estimada em 390 deputados.

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Depois de Meirelles, Rodrigo Maia recebeu o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira. A ele, o presidente da Câmara avisou que as medidas fiscais de aperto para o funcionalismo também dificilmente serão aprovadas. O próprio ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, reconheceu ontem que a proximidade da campanha eleitoral dificulta a aprovação de medidas “mais custosas do ponto de vista popular”.

PRIORIDADES

O deputado Marcos Montes (MG), líder do PSD, que é a quinta maior bancada, com 39 parlamentares, diz que a reforma é prioridade econômica, não política. “Hoje não vejo saída”, disse. Até mesmo o líder do PSDB, Ricardo Tripoli (SP), prevê dificuldades para votar a reforma da Previdência, embora o partido (que tem a terceira maior bancada, com 44 deputados) tenha alardeado apoio à proposta no início do ano.

Maia, que ganhou mais protagonismo depois da votação da segunda denúncia, vai avaliar o “termômetro” da viabilidade de a proposta passar na Câmara. Dessa forma, espera-se para os próximos dias a coordenação da fase mais objetiva de discussões em torno do alcance do tamanho da reforma que poderá ser votada. Meirelles também pretende voltar a se reunir com lideranças da base aliada do governo no Congresso em busca de apoio.

Ao sair da casa de Maia, Meirelles declarou que o governo vai “prosseguir normalmente, mandando os projetos da agenda econômica”. Questionado sobre a ordem de prioridades, respondeu: “Reforma da Previdência em primeiro lugar, tributária depois.”

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