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PANORAMA3-Mercados avançam à espera de estímulos em Europa e EUA

Por Da Redação
19 jun 2012, 18h24

SÃO PAULO, 19 Jun (Reuters) – Os principais mercados acionários internacionais fecharam em alta nesta terça-feira em meio à expectativa por anúncios de novos estímulos monetários na zona do euro e nos Estados Unidos.

Após queda na confiança dos empresários alemães e alta nos rendimentos dos bônus da dívida da Espanha -um dia após terem atingido o maior patamar desde que o euro foi implantado, acima de 7 por cento- foram reforçadas esperanças de que autoridades europeias agirão para dar fôlego à economia da região.

Já nos EUA, Comitê de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (banco central norte-americano) apresenta sua decisãosobre a taxa básica de juros e considerações adicionais na quarta-feira.

Com essas expectativas e um cenário de menor aversão ao risco, os índices do Velho Continente chegaram a registrar sua maior alta em um mês.

Nos EUA, o Nasdaq encerrou acima de 1 por cento, com o S&P 500 e o Dow Jones flertando com esse patamar no decorrer do pregão.Os indicadores chegaram a reduzir ganhos à tarde, após uma autoridade de Berlim afirmar não terem havido discussões na cúpula do G20 -grupo das 20 principais economias do mundo- sobre fundos para a aquisição de bônus de países do continente altamente endividados.

No Brasil, o Ibovespa acompanhou o movimento externo, amparado também pela forte alta nos papéis da Petrobras , em meio à crescente expectativa de reajuste nos preços dos combustíveis.

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O cenário de mais apetite pelo risco foi refletido também no mercado de câmbio. O dólar teve queda de mais de 1 por cento ante o real, acompanhando o exterior, que registrava a moeda norte-americana em baixa também acentuada ante o euro e em relação a uma cesta de divisas.

Nesta terça-feira, segundo dia do encontro do G20, líderes mundiais voltaram a tentar convencer os mercados de que a Europa pode se mover rápido o suficiente para reformular seu sistema bancário. Essa ação poderia ajudar a resolver a crise da dívida e restaurar a confiança.

Mas, como pano de fundo do encontro, seguem as preocupações sobre o tamanho das dívidas de Espanha e Itália e as incertezas políticas e econômicas sobre a Grécia.

Na Alemanha, entre outros indicadores recentes, foi anunciado nesta terça-feira que o sentimento econômico do país sofreu a maior queda desde 1998, segundo pesquisa mensal.

TOMBINI E INFLAÇÃO

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No âmbito doméstico, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou, ao participar de evento em São Paulo, que o Brasil vai crescer a um ritmo de 4 por cento no quarto trimestre de 2012 e acima de 4,5 por cento no primeiro semestre de 2013.

Quanto à inflação, fontes afirmaram à Reuters que a crise internacional vai, mais uma vez, impedir reduções na meta oficial do governo, indicando que o Conselho Monetário Nacional (CMN) deverá manter a meta em 4,5% para 2014.

No calendário de divulgação de indicadores, por sua vez, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) desacelerou para uma alta de 0,63 por cento na segunda prévia de junho, devido ao enfraquecimento dos preços tanto no atacado quanto no varejo.

Foi anunciado ainda que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo subiu 0,25 por cento na segunda quadrissemana de junho, ante alta de 0,28 por cento na primeira, informou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

AGENDA

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Estão previstas para quarta-feira no âmbito doméstico as divulgações da sondagem industrial da Fundação Getulio Vargas (FGV) referente a junho e do fluxo cambial semanal.

No exterior, o destaque fica por conta da decisão dos juros nos EUA, atualmente em 0 a 0,25 por cento, com a expectativa quanto a avaliações sobre rodadas de estímulo monetário.

Enquanto isso, na Grã-Bretanha serão anunciados dados sobre a taxa de desemprego de abril e a ata do Banco da Inglaterra (BC britânico). Ainda na Europa, a Alemanha reporta seus preços ao produtor referentes a maio.

Veja como fecharam os principais mercados financeiros nesta terça-feira:

CÂMBIO

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O dólar fechou a 2,0275 reais, em queda de 1,44 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa subiu 1,78 por cento, para 57.195 pontos. O volume financeiro ficou em 8,1 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros subiu 3,38 por cento, a 27.963 pontos.

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JUROS <0#2DIJ:>

No call das 16h, o DI janeiro de 2014 estava em 8,030 por cento ao ano, ante 8,050 por cento no ajuste anterior.

EURO

Às 18h22 (Brasília), a moeda comum europeia era cotada a 1,2687 dólar, ante 1,2575 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, caía para 129,313 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 1,453 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil subia 1 ponto, para 212 pontos-básicos. O EMBI+ caía 3 pontos, a 372 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

O índice Dow Jones subiu 0,75 por cento, a 12.837 pontos, o S&P 500 registrou valorização de 0,98 por cento, a 1.357 pontos, e o Nasdaq avançou 1,19 por cento, aos 2.929 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo mais curto subiu 0,92 dólar, ou 1,1 por cento, a 84,19 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, caía, oferecendo rendimento de 1,6214 por cento, frente a 1,574 por cento no fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no terminal de notícias da Reuters pelo código ).

(Por Frederico Rosas; Edição de Tiago Pariz)

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