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PANORAMA3-Brasil tem inadimplência recorde; bolsas voltam a subir

Por Da Redação
26 jun 2012, 18h34

SÃO PAULO, 26 Jun (Reuters) – A inadimplência voltou a bater recorde no país, com crescimento no mercado de crédito e retração na concessão de financiamento, informou o Banco Central nesta terça-feira, dia em que mercados norte-americanos e o Ibovespa fecharam em terreno positivo após as fortes quedas da véspera, embora ainda sob preocupações com a zona do euro.

Segundo o BC, a inadimplência chegou a 6 por cento no mês passado, maior nível desde o início da série histórica da autoridade monetária, e que começou em junho de 2000.

De acordo com o órgão, o crédito total disponibilizado subiu 1,7 por cento em maio, atingindo 50,1 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), embora a concessão pela média diária tenha caído 1,5 por cento em maio, mantendo-se em baixa ainda nos dados parciais de junho.

Ainda no Brasil, o governo tem se mostrado preocupado com a expectativa de um crescimento mais baixo da economia este ano e deve anunciar na quarta-feira mais medidas de estímulo.

Entre as medidas, uma fonte da área econômica do governo à Reuters, que está a que determina que medicamentos fabricados no Brasil poderão ser adquiridos pelo governo ainda que os preços sejam superiores ao ofertado pelos concorrentes internacionais.

Também no mercado doméstico, o BC anunciou ainda que realizará na quarta-feira um leilão de swap cambial tradicional -equivalente à venda de dólares no mercado futuro-, após ficar dez dias sem atuar no mercado de câmbio.

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A informação, no entanto, não foi suficiente para conter a alta da moeda norte-americana, já que o objetivo do leilão é rolar contratos que vencem no dia 2 de julho e ele deve ser realizado apenas na quarta-feira.

No ambiente externo, o dólar, por sua vez, ficou praticamente estável frente ao euro, após a divisa comum ter operado em baixa durante grande parte do dia, perto de seu menor valor em duas semanas. Diante de uma cesta de divisas , a moeda norte-americana tinha queda de 0,13 por cento, às 18h27 (horário de Brasília).

Enquanto isso, nos mercados acionários, a aproximação da cúpula de líderes da União Europeia (UE), na quinta e na sexta-feira, em Bruxelas, ainda trouxe alguma cautela, traduzida em baixos volumes de negociações.

Em Wall Street, no entanto, os principais índices acionários dos Estados Unidos voltaram a fechar em alta nesta terça-feira, assim como o Ibovespa, recuperando-se de quedas na véspera superiores a 1 por cento e de cerca de 3 por cento, respectivamente.

Serviram como contrapeso às perdas da véspera, dados sobre preços das moradias norte-americanas, e que sugeriram que a recuperação no mercado imobiliário está ganhando força.

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Já no Brasil, a Bovespa teve correção técnica das ações da Petrobras e da Vale, fechando em ligeira alta.

Mais cedo, as ações europeias ficaram praticamente estáveis, perto de suas mínimas em uma semana, com o contrapeso de barganhas que passaram a se tornar atraentes aos investidores.

Trazendo ainda mais incertezas à cúpula da UE, nesta terça-feira foi atribuída à chanceler alemã, Angela Merkel, uma forte declaração feita em um encontro de um dos partidos de sua coalizão, de que a Europa não teria compartilhamento total da responsabilidade da dívida “enquanto eu viver”.

A informação partiu de fontes que participaram do evento político, e colocam mais sombras sobre a possibilidade de novas ações conjuntas serem decididas no evento continental.

Um aliado importante da chanceler alemã afirmou ainda nesta terça-feira que, em reunião feita a portas fechadas, os governos da zona do euro estavam discutindo remover o status de preferência de crédito do novo fundo permanente de resgate do bloco.

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Ainda vieram notícias negativas da Espanha, já que os custos de empréstimo da dívida de curto prazo da Espanha quase triplicaram no leilão realizado nesta terça-feira. O país também informou nesta que os termos de negociação de um pacote de ajuda financeira europeia para recapitalizar seus bancos é um processo bastante complexo e que levará tempo.

Complementando o panorama da região, o total de desempregados na França registrou em abril seu maior aumento em 13 meses, atingindo seu nível mais alto desde agosto de 1999.

AGENDA

O calendário de divulgação de indicadores prevê para quarta-feira, no cenário doméstico, além do fluxo cambial semanal, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) referente a junho.

A agenda está mais cheia nos Estados Unidos, com os esperados anúncios de demanda por bens duráveis em maio, de atividade empresarial no Meio-Oeste e de vendas pendentes de casas. Todas as divulgações são relativas a maio.

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Enquanto isso, a Alemanha reporta dados sobre preços ao consumidor em junho, com analistas e bancos de investimento esperando estabilidade frente ao mês anterior, e o Japão anuncia suas vendas no varejo em maio, com expectativa de alta de 3 por cento sobre igual período de 2011.

Veja como ficaram os principais mercados financeiros nesta terça-feira:

CÂMBIO

O dólar fechou a 2,0724 reais, em alta de 0,31 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA

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O Ibovespa fechou com alta de 0,06 por cento, para 53.836 pontos. O volume financeiro ficou em 6,2 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros subiu 0,25 por cento, a 25.830 pontos.

JUROS <0#2DIJ:>

No call das 16h, o DI janeiro de 2014 estava em 7,940 por cento ao ano, ante 7,950 por cento no ajuste anterior.

EURO

Às 18h27 (Brasília), a moeda comum europeia era cotada a 1,2493 dólar, ante 1,2503 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, caía para 129,125 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 1,456 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil tinha baixa de 1 ponto, para 213 pontos-básicos. O EMBI+ recuava 2 pontos, a 378 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

O índice Dow Jones subiu 0,26 por cento, a 12.534 pontos, o S&P 500 registrou valorização de 0,48 por cento, a 1.319 pontos, e o Nasdaq subiu 0,63 por cento, aos 2.854 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo mais curto subiu 0,15 dólar, ou 0,19 por cento, a 79,36 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, caía, oferecendo rendimento de 1,6280 por cento, frente a 1,604 por cento no fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no terminal de notícias da Reuters pelo código ).(Por Frederico Rosas; Edição de Danielle Fonseca)

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