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PANORAMA3-Após Copom, DIs despencam; exterior tem dia negativo

Por Da Redação
19 abr 2012, 18h43

SÃO PAULO, 19 Abr (Reuters) – A avaliação do mercado de que o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) deixou em aberto a possibilidade de que a taxa básica possa cair ainda mais foi o destaque do mercado local nesta quinta-feira, com os juros futuros despencando.

Na véspera, o Banco Central decidiu por unanimidade reduzir a Selic em 0,75 ponto percentual, para 9 por cento ao ano, mas o comunicado que o BC divulgou após a reunião não deixou claro se o ciclo de redução da taxa básica foi encerrado.

A reação foi forte e mostrou revisão de expectativas, com a curva de juros precificando cerca de 60 por cento das apostas em uma queda de 0,50 ponto percentual da Selic na reunião de maio, com os 40 por cento restantes das apostas apontando uma queda menor, de 0,25 ponto percentual, de acordo com operadores.

Até a quarta-feira, a curva de juros precificava apenas poucas apostas em um corte de 0,25 ponto percentual, e o restante em uma estabilidade em 9 por cento da Selic.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quinta-feira que a Selic a 9 por cento ao ano não é um problema para a caderneta de poupança e que, portanto, não há necessidade de mudar suas regras.

Outro destaque no mercado local foi o câmbio, já que o BC não realizou leilões de compra de dólares no mercado à vista nesta quinta-feira, interrompendo a atuação baseada em dois leilões por sessão e que vinha sendo realizada havia uma semana.

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Com o mercado percebendo que o BC realmente não interviria no mercado, a divisa norte-americana, que chegou a subir 0,77 por cento ante o real ao longo da sessão, perdeu esses ganhos e fechou apenas com valorização de 0,10 por cento, cotada a 1,8815 real na venda. Este foi o quinto pregão consecutivo de alta.

No exterior, os mercados ainda mostraram cautela e manutenção de preocupações com a crise na zona do euro, principalmente com a situação da Espanha. Indicadores nos Estados Unidos também foram divulgados surpreendentemente mais fracos, assim como alguns balanços corporativos.

As bolsas de valores norte-americanas fecharam em baixa pelo segundo dia consecutivo nesta quinta-feira. Mais cedo, os principais índices europeus também haviam encerrado em baixa, com o índice FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações europeias, em queda de 0,52 por cento, aos 1.040 pontos.

A Bovespa também caiu, seguindo a piora nas bolsas dos EUA e influenciada pelas quedas nas ações de Petrobras e OGX.

Na Europa, a Espanha segue deixando o mercado apreensivo em relação à situação na zona do euro. O país conseguiu vender 2,5 bilhões de euros em títulos em um leilão nesta quinta-feira. As vendas atenderam à expectativa de Madri, embora os yields (rendimentos) ainda tenham registrado elevação.

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Os indicadores de vendas de imóveis usados nos EUA, por sua vez, recuaram 2,6 por cento em março, ao mesmo tempo que o índice do Federal Reserve (banco central) da Filadélfia enfraqueceu em abril pela primeira vez em cinco meses, trazendo dúvidas sobre a recuperação do país.

Os resultados corporativos também estão afetando os mercados. Entre eles estariam os balanços desanimadores da companhia Stanley Black & Decker.

Por outro lado, balanços do Bank of America Corp, do Morgan Stanley, e do e Bay Inc, teriam sido vistos como positivos pelo mercado e ajudaram a evitar quedas maiores das bolsas.

Veja o desempenho dos principais índices do mercado financeiro às 18h38 (Brasília) desta quinta-feira:

CÂMBIO

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O dólar fechou a 1,8815 real, em alta de 0,10 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa caiu 0,62 por cento, para 62.618 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 5,62 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros caiu 0,47 por cento, a 31.610 pontos.

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JUROS <0#2DIJ:>

No call das 16h, o DI janeiro de 2014 estava em 8,890 por cento ao ano, ante 9,100 por cento no ajuste anterior.

EURO

Às 18h40, a moeda comum europeia era cotada a 1,3136 dólar, ante 1,3120 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.

GLOBAL 40

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O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, subia para 132,438 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 1,019 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil caía 3 pontos, para 181 pontos-básicos. O EMBI+ também cedia 3 pontos, a 334 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

O índice Dow Jones fechou em queda de 0,53 por cento, a 12.964 pontos, o S&P 500 registrou desvalorização de 0,59 por cento, a 1.376 pontos, e o Nasdaq perdeu 0,79 por cento, aos 3.007 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo mais curto caiu 0,40 dólar, ou 0,39 por cento, a 102,27 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 1,968 por cento, frente a 1,975 por cento no fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no terminal de notícias da Reuters pelo código ).(Reportagem de Danielle Fonseca; Edição de Frederico Rosas)

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