BLACK FRIDAY: ASSINE a partir de R$ 1 por semana
Continua após publicidade

PANORAMA2-Avanço modesto no Brasil e no exterior preocupa mercados

Por Da Redação
1 jun 2012, 14h20

SÃO PAULO, 1 Jun (Reuters) – Dados fracos de atividade econômica no Brasil, na zona do euro e na China e do mercado de trabalho nos Estados Unidos trouxeram desânimo para os investidores nesta sexta-feira, reforçando a perspectiva de uma maior desaceleração em escala global.

Com isso, uma maior aversão ao risco se reflete nos mercados, e a maior parte das bolsas registra queda de mais de 1 por cento. No mercado doméstico, dados fracos do Produto Interno Bruto (PIB) pontencializavam a queda dos contratos de juros futuros, com o dólar chegando a subir mais de 1 por cento.

O PIB brasileiro cresceu apenas 0,2 por cento no primeiro trimestre deste ano, quando comparado com o quarto trimestre de 2011. Em relação ao mesmo período do ano passado, a expansão foi de 0,8 por cento, de acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O número veio abaixo das expectativas, já que pesquisa da Reuters com 29 analistas mostrava que o PIB teria crescido 0,5 por cento no primeiro trimestre de 2012 ante o período anterior.

Após a divulgação dos dados oficiais, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, apontou que o governo deve estimular o crescimento econômico mais por meio de política monetária do que fiscal, e que os investimentos vão mostrar recuperação no segundo semestre.

Os números do PIB ainda colaboram para a queda da maioria dos DIs, junto com um cenário externo negativo. Com isso, a curva de juros está apontando para outro corte de 0,50 ponto percentual da Selic em julho, com pequena possibilidade de mais um corte, de 0,25 ponto percentual, em agosto.

Continua após a publicidade

O dólar, por sua vez, sobe ante o real, chegando a ter alta de mais de 1 por cento em função da aversão ao risco e em meio às expectativas de um crescimento menor do Brasil.

O mercado também segue atento a possibilidade de o Banco Central voltar a atuar no câmbio por meio de leilões de swap cambial tradicional.

No cenário externo, indicadores também vieram fracos. Investidores se preocuparam principalmente com dados de emprego nos EUA. Foram criados 69 mil postos de trabalho no mês passado, informou nesta sexta-feira o Departamento do Trabalho, sendo que economistas consultados pela Reuters esperavam aumento de 150 mil vagas.

Além disso, foram abertos 49 mil postos de trabalho a menos do que o previamente estimado em março e abril. A taxa de desemprego subiu para 8,2 por cento ante 8,1 por cento.

Mais cedo, a economia da China deu sinais de uma desaceleração mais ampla depois de pesquisas sobre seu vasto setor industrial terem mostrado fraqueza em maio, sinalizando uma deterioração mais profunda do que o esperado na demanda doméstica e no exterior e a probabilidade de mais afrouxamento de política monetária.

Continua após a publicidade

O setor industrial da zona do euro também registrou em maio o ritmo mais forte de contração em quase três anos, conforme a crise da dívida afeta a confiança e novas encomendas continuam a recuar, mostrou nesta sexta-feira o Índice de Gerentes de Compra (PMI, em inglês) do instituto Markit.

Além disso, continuam as preocupações em relação à situação da Espanha e dos bancos do país, apesar de Madri ter dito nesta sexta-feira que as regiões autônomas conseguiram equilibrar seus orçamentos nos primeiros três meses do ano, o que os colocou de volta no caminho para cumprir a meta de déficit de 1,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012.

Entre as moedas, o euro, por sua vez, subia 0,23 por cento e era cotado a 1,2398 dólar, às 14h12 (horário de Brasília). O índice DXY, que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais divisas globais, caía 0,09 por cento.

Veja como estavam os principais mercados financeiros às 14h12 (Brasília) desta sexta-feira:

CÂMBIO

Continua após a publicidade

O dólar era cotado a 2,0365 reais, em alta de 0,94 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa caía 1,13 por cento, para 53.875 pontos. O volume financeiro na bolsa era de 3,5 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros caía 1,52 por cento, a 26.282 pontos.

Continua após a publicidade

JUROS <0#2DIJ:>

O DI janeiro de 2014 estava em 8,170 por cento ao ano, ante 8,270 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,2398 dólar, ante 1,2356 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.

GLOBAL 40

Continua após a publicidade

O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, seguia estável para 129,250 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 1,581 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil subia 7 pontos, para 251 pontos-básicos. O EMBI+ avançava 10 pontos, a 429 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

O índice Dow Jones caía 1,74 por cento, a 12.177 pontos, o S&P 500 tinha baixa de 1,97 por cento, a 1.284 pontos, e o Nasdaq perdia 2,25 por cento, aos 2.763 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo mais curto registrava baixa de 3,02 dólares, ou 3,49 por cento, a 83,53 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 1,4704 por cento, frente a 1,563 por cento no fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no terminal de notícias da Reuters pelo código ).(Reportagem de Danielle Fonseca; Edição de Frederico Rosas)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

A melhor notícia da Black Friday

Assine VEJA pelo melhor preço do ano!

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana

a partir de R$ 1,00/semana*
(Melhor oferta do ano!)

ou

BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

a partir de R$ 29,90/mês
(Melhor oferta do ano!)

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas. Acervos disponíveis a partir de dezembro de 2023.
*Pagamento único anual de R$52, equivalente a R$1 por semana.