SÃO PAULO, 11 Jun (Reuters) – Os mercados globais reagiam positivamente nesta segunda-feira à decisão de ministros de Finanças da zona do euro de aprovar, no fim de semana, um pacote de 100 bilhões de euros para os bancos na Espanha. Há análises, no entanto, de que o alívio proporcionado pela notícia pode ter vida curta, conforme as atenções se voltem para as eleições na Grécia no domingo.
Após a reunião dos 17 ministros, que durou duas horas e meia e muitas fontes descreveram como acalorada, o Eurogrpup e Madri disseram que o valor do resgate será suficientemente grande para não deixar dúvidas.
Ainda na cena internacional, uma bateria de dados da China divulgados entre sábado e esta segunda-feira mostrou o comércio exterior e a liberação de empréstimos mais fortes do que o esperado, enquanto números de produção industrial e vendas no varejo ficaram aquém das previsões.
Por volta das 7h45, o europeu FTSEurofirst 300subia 1,38 por cento. O futuro do norte-americano S&P 500aumentava 0,79 por cento – 10,50 pontos. O MSCI para ações globais avançava 0,96 por cento e para emergentes, 1,62 por cento.
O MSCI de ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japãoapurava acréscimo de 1,7 por cento. Em Tóquio, o Nikkei fechou em alta de 1,96 por cento. O índice da bolsa de Xangai terminou com elevação de 1,07 por cento.
Entre as moedas, o euro era cotado a 1,2576 dólar, ante 1,2516 dólar na sexta-feira. O índice DXY, que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais divisas globais, cedia 0,5 por cento. Em relação ao iene, o dólar era transacionado a 79,45 ienes, ante 79,46 ienes na última sessão.
No caso das commodities, o petróleo do tipo Brentvalorizava-se 1,03 por cento em Londres, a 100,49 dólares, enquanto o barril negociado nas operações eletrônicas em Nova York subia 1,3 por cento, a 85,19 dólares.
No Brasil, a semana começa com tradicionais divulgações de segunda-feira, como pesquisa Focus e parcial da balança comercial brasileira, além de prévias de inflação.
Também vale citar comentário do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, à Reuters no sábado, de que as medidas para estimular o crescimento econômico tomadas pelo governo terão seus efeitos na economia nos próximos meses. Ele se disse otimista em relação à expansão do PIB no segundo trimestre.
Veja a agenda com os principais indicadores desta segunda-feira
Veja como ficaram os principais mercados financeiros na sexta-feira:
CÂMBIO
O dólar fechou a 2,0241 reais, em queda de 0,14 por cento frente ao fechamento anterior.
BOVESPA
O Ibovespa subiu 0,51 por cento, para 54.429 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 5,4 bilhões de reais.
ADRs BRASILEIROS
O índice dos principais ADRs brasileiros caiu 1,37 por cento, a 26.699 pontos.
JUROS <0#2DIJ:>
No call das 16h, o DI janeiro de 2014 estava em 8,140 por cento ao ano, ante 8,280 por cento no ajuste anterior.
EURO
A moeda comum europeia era cotada a 1,2516 dólar, ante 1,2560 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.
GLOBAL 40
O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, caía para 128,563 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 1,723 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS
O risco Brasil seguia estável, aos 222 pontos-básicos. O EMBI+ cedia 1 ponto, para 385 pontos-básicos.
BOLSAS DOS EUA
O índice Dow Jones fechou em alta de 0,75 por cento, a 12.554 pontos, o S&P 500 registrou valorização de 0,81 por cento, a 1.325 pontos, e o Nasdaq ganhou 0,97 por cento, aos 2.858 pontos.
PETRÓLEO
Na Nymex, o contrato de petróleo mais curto caiu 0,72 dólar, ou 0,85 por cento, a 84,10 dólares por barril.
TREASURIES DE 10 ANOS
O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 1,6319 por cento, frente a 1,644 por cento no fechamento anterior.
(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no terminal de notícias da Reuters pelo código ).(Por Paula Laier; Edição de Camila Moreira)