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Países ricos cobram emergentes por avanço da inflação

Para o Banco de Compensações Internacionais (BIS), a inflação nas nações emergentes ameaça a recuperação de Estados Unidos, Europa e Japão

Por Da Redação
9 Maio 2011, 10h32

Países ricos pedem que emergentes abandonem as políticas de estímulo ao crescimento, elevem as taxas de juros e cortem gastos públicos

A pior crise financeira dos últimos 70 anos eclodiu em 2008 nos países ricos, mas agora esses governos exigem justamente das economias em desenvolvimento o abandono de políticas de estímulo ao crescimento, a elevação de taxas de juros e cortes de gastos. Tudo para permitir que os países ricos, que patinam para sair da crise, evitem importar “inflação” e possam apresentar crescimento sustentável.

A cobrança é feita pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS), que alerta para o fato de que a inflação nos emergentes ameaça a recuperação da economia mundial, além de abrir um ‘racha’ entre emergentes e ricos. O BIS – o “banco central dos bancos centrais” – reúne na Basileia, Suíça, autoridades monetárias de todo o mundo, entre elas Alexandre Tombini, presidente do BC brasileiro.

A cobrança irritou representantes dos emergentes. Alguns ironizaram o alerta como mais uma tentativa de transferir aos mercados em desenvolvimento a responsabilidade por tirar a economia mundial da incerteza.

O BIS afirma que a alta dos preços transformou-se em uma realidade para a grande maioria dos países emergentes, mas seu efeito tem ido além, com prejuízos para a recuperação da Europa, dos Estados Unidos e do Japão.

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Dos 21 bancos centrais no mundo que têm metas de inflação, oito já a estouraram, entre eles a zona do euro, o Reino Unido, a Turquia, o Chile e a própria Nova Zelândia, onde a ideia das metas foi criada. Também no Brasil a inflação já ultrapassou o limite máximo tolerável para este ano. Apenas Suíça e Noruega estão com inflação sob o centro da meta.

Para o BIS, os emergentes precisariam tomar duas ações: continuar a elevar os juros e, ao mesmo tempo, cortar os gastos públicos para desaquecer suas economias. No caso do Brasil, a estimativa é a de que o país terá de seguir com sua política de elevação da taxa Selic e contingenciamento do Orçamento de 2011. O BIS optou, no entanto, por destacar o trabalho do BC brasileiro como um exemplo de autoridade monetária que estaria focada no esforço de reduzir a inflação.

(com Agência Estado)

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