Países do G-7 não conseguem dispersar tensão cambial
Em comunicado, ministros afirmam que não devem fixar objetivos para o câmbio, apesar de reconhecerem que a volatilidade cambial pode ser nociva para a recuperação econômica

Os ministros das Finanças dos países membros do G-7 (grupo que formado por Reino Unido, Estados Unidos, Alemanha, França, Japão, Itália e Canadá) divulgaram um comunicado em conjunto nesta terça-feira afirmando que não apoiarão a fixação de cotações específicas para o câmbio, como forma de evitar a valorização do euro. A elaboração de uma política cambial coordenada é defendida pelo governo brasileiro desde o ano passado e, recentemente, ganhou um novo adepto: o presidente francês, François Hollande.
Em comunicado, os líderes afirmaram que continuarão acompanhando o mercado de câmbio e “cooperando de maneira apropriada”, mas sem interferir em qualquer cotação. “Reafirmamos que nossas políticas fiscais e monetárias estiveram e continuarão estando orientadas para cumprir com nossos objetivos nacionais respectivos, utilizando instrumentos nacionais. E não vamos fixar objetivos sobre as taxas de câmbio”, disseram.
Contudo, os ministros se posicionaram contra a “volatilidade excessiva das moedas” e disseram que movimentos desordenados podem ter implicações adversas para a estabilidade econômica e financeira.
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Guerra cambial em foco – O tema da “guerra cambial” foi retomado recentemente por duas razões: a valorização do euro e a recente flexibilização monetária no Japão. A medida tomada por Tóquio com o objetivo de desvalorizar o iene e tornar suas exportações mais competitivas reavivou antigos temores na Europa. Países como a França, altamente dependentes de exportações, temem perder mercado para as nações que colocam em prática políticas monetárias expansionistas com o objetivo de acelerar sua recuperação econômica.
Na noite de segunda-feira, a subsecretária do Tesouro dos Estados Unidos, Lael Brainard, afirmou à imprensa que o G-7 apoiaria “os esforços para revigorar o crescimento e encerrar a deflação no Japão”. Tal declaração, associada ao comunicado desta terça, foi vista pelos investidores como uma “luz verde” para que o Japão continue seu plano de desvalorização cambial, na avaliação do jornal britânico Financial Times.
Com isso, o dólar manteve seu maior nível em 33 meses ante a moda japonesa – de 1 dólar para 94 ienes. Já euro avançou ante o dólar e o franco suíço após o presidente do banco central da Suíça, Thomas Jordan, afirmar que fará todo o possível para manter o euro em 1,20 francos suíços.
Na tarde desta terça-feira, o dólar caía para 94,25 ienes, ante 94,35 ienes no fim da tarde de ontem. O euro avançava para 1,3450, de 1,3405 na segunda-feira, e subia para 126,78 ienes, de 126,54 ienes no dia anterior.
(Com Estadão Conteúdo)
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