Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Otimismo faz Bolsa de Madri subir 4,4% nesta 2ª feira

Rumores sobre a compra de dívida espanhola de curto prazo por fundos de ajuda europeus geraram otimismo no mercado financeiro

Por Da Redação
6 ago 2012, 16h36

A Bolsa de Madri manteve sua trajetória de alta nesta segunda-feira e fechou com um ganho de 4,41%, com os investidores reagindo a rumores de compra de dívida espanhola de curto prazo por fundos de ajuda europeus.

A alta desta sessão – a quarta maior do ano – elevou o índice Ibex-35 para os 7.053,6 pontos, uma elevação que se soma aos 6% de sexta-feira, com o mercado à espera de que o Banco Central Europeu (BCE) intervenha para frear a crise da dívida que ameaça tanto a Espanha quanto a Itália.

Após uma suspensão de várias horas devido a uma falha técnica, conforme informou o administrador do Bolsas e Mercados Espanhóis (BME) – grupo que integra todos os mercados e sistemas financeiros da Espanha -, a cotação foi retomada pouco antes das 13:00 GMT (10:00 de Brasília), com alta de 1,7% e, em seguida, o Ibex-35 acelerou seus ganhos.

A maioria das principais ações registrou fortes ganhos: Repsol ganhou 9,27%, a 14,56 euros; Iberdrola subiu 8,04%, a 3,105 euros; e Telefónica teve alta de 4,81%, a 9,8 euros.

Entre os valores bancários, o Santander ganhou 4%, a 5,19 euros; e o BBVA subiu 4,51%, a 5,59 euros. Já o Caixabank, que passa pela compra do Banco Cívica, perdeu 3,29%, a 2,585 euros.

Leia mais:

Bolsas da Ásia têm alta com dados sobre EUA

Bolsas da Ásia têm queda com decepção sobre BCE

“A principal causa das altas são os fortes compras da dívida para dois anos, que estão sendo vendidas no mercado secundário de renda fixa e que levaram o bônus espanhol a dois anos a marcar mínimas em três meses”, explicou Soledad Pellon, da IG Markets. “Ao que parece, foram filtradas informações de que o fundo de resgate poderia intervir nesse mercado e os bancos têm se adiantado para não perder a alta dos preços dos mesmos”, completou.

Já o rendimento do bônus espanhol de dívida a dez anos chegou a recuar para 6,738%, assim como a taxa de risco (diferença paga com o alemão), que se situava em 534,320, mas freou sua queda ao final da tarde.

Arrocho – Nesta segunda-feira, o presidente norte-americano, Barack Obama, conversou por telefone com o chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, sobre a situação econômica da zona do euro, anunciou a Casa Branca. A conversa acontece depois de Rajoy ter garantido, na sexta-feira, que seu país continuará com as políticas de austeridade e apresentará a Bruxelas um plano de ajuste de 102 bilhões de euros até 2014.

Continua após a publicidade

Estes ajustes, que incluem o plano de austeridade de 65 bilhões, anunciado em julho, figuram no projeto de orçamento 2013-2014, que Madri prometeu a seus sócios europeus quando prorrogaram para até 2014 o prazo para reduzir seu déficit público a menos de 3%. Rajoy descartou a possibilidade de um plano de “resgate” global para seu país.

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, declarou na quinta-feira passada que a autoridade monetária está disposta a intervir no mercado secundário da dívida, mas só se os fundos de ajuda europeus – o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) e seu sucessor, o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) – fizerem o mesmo.

Isso significa que os estados em dificuldade terão de pedir antes ajuda a seus sócios europeus e acatar as duras exigências de reformas. Os mercados pareciam antecipar esta demanda de ajuda da Espanha, que já tem a luz verde da Eurozona para um pacote de ajuda de 100 bilhões de euros para recapitalizar aos bancos afetados pelo estouro da bolha imobiliária em 2008.

“Parece provável que a Espanha solicite e receba ajuda do FEEF e do BCE”, disse Jennifer McKeown, economista do gabinete de análises Capital Economics, em uma nota de análise, sem precisar a data. “Contudo, os fundos disponíveis não parecem ser suficientes para resolver os problemas do país”, continuou, projetando que a Espanha precisaria de 200 bilhões de euros até o final de 2013 e de mais 300 bilhões para o final de 2014.

“O FEEF e o BCE poderiam conseguir esse montante”, disse.

Continua após a publicidade

(com Agence France-Presse)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.