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Operação prende grupo que falsificava produtos capilares

Quadrilha adicionava ao produto substância nociva à saúde e faturou 6 milhões de reais com esquema

Por Da redação
6 jul 2017, 13h07

O Ministério Público do Estado de São Paulo e a Polícia Civil realizaram nesta quarta-feira uma operação para prender uma quadrilha suspeita de falsificar e vender cosméticos capilares. A operação Reparação Absoluta cumpriu 20 mandados de prisões temporárias, buscas e apreensões e realizou cinco conduções coercitivas.

Segundo a investigação, o grupo, formado por 25 pessoas, falsificava produtos das marcas L’Oréal, Silicon Mix e Revlon ao misturar substâncias nocivas à saúde na formulação dos cosméticos, como o formol. Um dos produtos apreendidos apresentava concentração de formal de 6%, percentual muito acima do recomendado (leia mais abaixo). O valor das mercadorias apreendidas foi calculado em 500 mil reais.

A quadrilha atuava há cerca de quatro anos no mercado, de acordo com a polícia. Os produtos eram vendidos pela internet, somente entre julho de 2015 até o dia da investigação, a organização criminosa movimentou 1,4 milhão de reais.

De acordo com estimativas, o faturamento mensal com a comercialização dos produtos falsificados chegava a 120 mil reais. Em todo o período, o grupo ganhou 6 milhões de reais com a falsificação.

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A operação foi deflagrada nas cidades Franca, Sertãozinho, Leme, Bariri e São Paulo, contando com o apoio dos Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) de Ribeirão Preto, Bauru e Piracicaba, bem como das Polícias Civil e Militar de São Paulo.

A L’Oréal informou que não comenta operações da polícia ou ações em curso da Justiça, mas reafirmou o apoio da empresa com ‘os esforços das autoridades para buscar indícios de pirataria e combater essas práticas’. “A prioridade número um da L’Oréal é a segurança dos nossos clientes”, disse em nota.

Procuradas, Revlon e PHS do Brasil, que fabrica o Silicon Mix, não retornaram o contato até o fechamento da matéria.

Formol? O que diz a Anvisa

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu, ainda em 2009, a venda do formol em estabelecimentos como drogarias e farmácias. A determinação pretendia evitar o acesso da população ao produto e combater o uso da substância como alisante capilar. A legislação sanitária permite o uso de formol em produtos cosméticos capilares somente na função de conservantes (com limite máximo de 0,2%), durante a fabricação do produto.

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A adição de formol a um produto acabado, como fazia a quadrilha presa na última quinta-feira, constitui infração sanitária.

Segundo a agência, o uso do formol como alisante pode causar sérios danos tanto ao usuário do produto quanto ao profissional que aplica, os problemas vão desde irritação à falta de ar. Outras vezes, ainda de acordo com o órgão, foram identificados casos de pessoas com vômito, dores de barriga e câncer nas vias aéreas superiores.

O alerta foi ativado quando as notificações de danos causados pelo formol para alisamento capilar triplicarem entre o primeiro semestre de 2009 em comparação com todo o ano de 2008.

A Anvisa disponibiliza uma cartilha com os possíveis danos do uso do formol. Acesse neste link.

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