Opep+ mantém produção de petróleo no mesmo nível pré-guerra russa
Medida é considerada insuficiente para conter a atual pressão da demanda sobre a oferta e a disparada dos preços da commodity
Nesta quarta-feira, 2, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) decidiu manter o ritmo do aumento da produção de barris de petróleo no mesmo nível anunciado antes da invasão da Ucrânia pela Rússia, ainda que os preços da commodity estejam subindo aos maiores níveis em mais de seis anos e ultrapassaram 110 dólares o barril do tipo Brent.
Liderado pela Arábia Saudita, a Opep+ conta com a participação de 23 países – incluindo a Rússia – e decidiu subir a produção em 400 mil barris por dia durante o mês de abril, medida que já havia sido acordada no final do ano passado em consonância com os planos de retomar os níveis de produção pré-pandemia.
O aumento é considerado baixo tendo em vista a atual pressão da demanda sobre a oferta que inflacionou os preços do produto já na retomada da economia após a Covid-19. Com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia e as sanções internacionais, no entanto, o preço disparou ainda mais.
Na terça-feira, 1, a Agência Internacional de Energia anunciou a liberação de 60 milhões de barris de petróleo de reserva estratégica para amenizar a alta de preços, metade deles com origem nos estoques americanos e o restante de países da Europa e da Ásia. Ainda assim, o anúncio não foi suficiente para conter a alta.