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Opep alerta sobre riscos, mas evita falar sobre Irã

Por Da Redação
16 jan 2012, 10h50

Por Clarissa Mangueira

Londres – A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) alertou que a deterioração adicional da economia europeia poderá tirar o mercado de petróleo de sua trajetória equilibrada em 2012, mas ignorou amplamente as tensões entre o Irã e o Ocidente, que têm impulsionado os preços da commodity nas últimas semanas.

A Opep reconheceu que, “as preocupações geopolíticas no Oriente Médio ajudaram a mudar o curso do mercado” e elevaram os preços do petróleo. A organização também alertou que os preços dos combustíveis mais altos reduziram ainda mais a demanda por petróleo em 2012. Mas o grupo de exportadores não fez qualquer menção sobre o que foi um dos principais impulsionadores dos preços do petróleo nas últimas semanas – o impasse entre o Irã e o Ocidente, que ameaça perturbar o comércio de petróleo, seja através de sanções mais restritas ou do conflito no canal que sai do Golfo Pérsico.

A ausência de comentários da Opep sobre a situação iraniana destaca a sua difícil posição sobre a questão. A escalada da crise ameaça colocar um membro da organização contra o outro, não muito depois de o grupo fazer grandes esforços para restaurar a harmonia na sua reunião de dezembro, após uma forte divisão em junho.

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As tensões internas cresceram durante o fim de semana entre os dois maiores produtores da Opep, à medida que as autoridades iranianas reagiram raivosamente às promessas da Arábia Saudita de preencher a lacuna deixada pela proibição de petróleo iraniano.

No sábado, quando perguntando sobre a proposta da União Europeia de proibir as importações de petróleo iraniano e buscar ofertas alternativas, o ministro do Petróleo da Arábia Saudita, Ali Naimi, disse: “nós vamos dar aos clientes o que eles quiserem”.

Falando à Dow Jones, o presidente iraniano da Opep, Muhammad Ali Khatibi, afirmou que qualquer promessa dos países do Golfo de substituir as exportações de petróleo iraniano por causa da sanções poderá torná-los cúmplices da pressão de Israel.

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Naimi tentou esclarecer seu comentário logo depois. “Nós nunca dissemos que a Arábia Saudita está tentando compensar a produção de petróleo do Irã, se ela for proibida, mas nós dissemos que desejamos atender uma alta da demanda de nossos clientes”, disse o ministro ao jornal saudita Al Eqtisadiah no domingo.

A Opep pintou um quadro equilibrado no seu relatório mensal do mercado de petróleo. A organização espera que a demanda por seu petróleo deverá ser 30,15 milhões de barris por dia em 2012, perto do novo teto de produção de 30 milhões de barris por dia, negociado em dezembro.

A Opep também alertou que a desaceleração econômica na Europa pode ter afetado potencialmente as economias emergentes e pressionado a demanda por petróleo, mas deixou, no entanto, sua previsão para o crescimento da demanda inalterada em 1,1 milhão de barris por dia.

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A organização produziu 30,8 milhões de barris por dia de petróleo em dezembro do ano passado, o nível mais alto desde outubro de 2008, segundo o comunicado. Isso implica que alguns membros terão de cortar a produção para que ela fique em linha com o novo teto de produção. As informações são da Dow Jones.

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