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Opep faz 1º acordo desde 2008 para reduzir produção de petróleo

A organização que reúne os principais países fornecedores do recurso decidiram limitar a oferta; os preços da commodity subiram após o anúncio

Por Da redação
Atualizado em 28 set 2016, 19h34 - Publicado em 28 set 2016, 19h02

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) fechou acordo nesta quarta-feira para reduzir modestamente sua produção de petróleo. É o primeiro acerto do gênero feito pela entidade desde 2008. Na negociação, a líder do grupo Arábia Saudita suavizou sua postura em relação ao Irã, seu arquirrival, em meio a pressões crescentes dos baixos preços de petróleo.

“A OPEP tomou uma decisão excepcional hoje… Após dois anos e meio, a Opep alcançou consenso para gerir o mercado”, disse o ministro do Petróleo iraniano Bijan Zanganeh, que havia entrado repetidamente em rota de colisão com a Arábia Saudita em encontros anteriores.

O petróleo do tipo Brent fechou em alta de 5,92%, a 48,69 dólares por barril, enquanto o petróleo do tipo WTI, negociado nos Estados Unidos, subiu 5,33%, encerrando a 47,05 dólares o barril, após a notícia do acordo.

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Ele e outros ministros da Opep disseram, em meio a um encontro em Argel, capital da Argélia, que o grupo irá reduzir a produção para uma faixa entre 32,5 milhões e 33 milhões de barris por dia (bpd), ante a atual produção de 33,24 milhões de bpd. “Nós decidimos cortar a produção em cerca de 700 mil bpd”, disse Zanganeh.

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O quanto cada país vai produzir deverá ser decidido na próxima reunião formal da Opep em novembro, quando um convite para se unir aos cortes deverá ser estendido para países fora do grupo, como a Rússia, disseram fontes.

Muitos operadores disseram estar impressionados de que a Opep havia conseguido chegar a um acordo, mas outros disseram que queriam ver os detalhes. “Esse é o primeiro acordo da Opep em oito anos! O cartel provou que ainda é relevante, mesmo na era do xisto! Esse é o fim de uma guerra de produção e a Opep declara vitória”, disse Phil Flynn, analista sênior de energia da Price Futures Group.

Jeff Quigley, diretor de mercados de energia da Stratas Advisors, baseada em Houston, disse que o mercado ainda vai descobrir quem vai produzir o que: “Eu quero ouvir da boca do ministro do Petróleo iraniano que ele não vai voltar aos níveis pré-sanções. Para os sauditas, isso só vai contra toda a sabedoria convencional do que eles vêm dizendo”.

O ministro de Energia saudita Khalid al-Falih disse na terça-feira que o Irã, a Nigéria e a Líbia receberiam permissão para produzir “nos níveis máximos que fazem sentido” como parte de qualquer limite de produção que podem ser estabelecidos tão logo quanto a próxima reunião da Opep em novembro.

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As economias do Irã e da Arábia Saudita dependem fortemente do petróleo, mas em um cenário pós-sanções, o Irã está sofrendo menos pressão dos preços do petróleo que caíram pela metade desde 2014 e pode expandir sua economia em quase 4 por cento neste ano, de acordo com o Fundo Monetário Internacional.

Riad, pelo outro lado, enfrenta o segundo ano de déficit no orçamento após um rombo recorde de 98 bilhões de dólares no ano passado, uma economia estagnada e está sendo forçada a cortar os salários de funcionários do governo.

(Com Reuters)

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