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ONS recorre a usinas a gás para afastar risco de apagão

Medida foi necessária para manter níveis de reservatórios no Nordeste. Como geração com as térmicas é mais cara, consumidores vão sentir efeito na conta

Por Luís Bulcão, do Rio de Janeiro
5 set 2012, 16h11

“A chuva no Sul e no Sudeste ainda não veio como esperado. Os níveis (dos reservatórios) no período seco não estão como gostaríamos que estivessem”, afirmou Hermes Chipp

O período de seca prolongado, causado pelo fenômeno climático El Niño, levou o Brasil a acionar as usinas térmicas a gás para que as metas dos níveis de reservatórios no Nordeste fossem cumpridas. De acordo com o diretor geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, o país não corre risco de sofrer apagões, como ocorreu durante a crise de 2001 e 2002, porque o planejamento para os reservatórios é realizado com um ano de antecedência. No entanto, ele admite que o custo da utilização já comprovada de 2.500 megawatts provenientes das usinas complementares – uma fonte mais cara do que a energia hidrelétrica – deverá ser repassado ao consumidor.

Chipp, que na manhã desta quarta-feira participou do seminário Inserção de Novas Fontes renováveis e Redes Inteligentes no Planejamento Energético Nacional, organizado pela Coppe/UFRJ, afirmou que o período de seca no Nordeste seria naturalmente compensado pelas chuvas no Sul e no Sudeste. No entanto, devido ao fenômeno El Niño, a compensação está demorando a ocorrer.

“Estamos monitorando as configurações. A chuva no Sul e no Sudeste ainda não veio como esperado. Os níveis (dos reservatórios) no período seco não estão como gostaríamos que estivessem”, afirmou. Segundo Chipp, o Brasil tem uma capacidade térmica que se aproxima a 15.000 megawatts – atualmente o país está utilizando 6.500 megawatts, incluindo a energia das usinas complementares e a das termonucleares de Angra 1 e Angra 2. As usinas a óleo ainda não precisaram ser acionadas.

O diretor afirmou ainda que a variação de curto prazo no preço da energia ocasionado pelo fenômeno não deve afetar as projeções para diminuição na tarifa de energia esperada para ser anunciada pela presidente Dilma Rousseff na próxima semana. De acordo com Chipp, a utilização das térmicas vai depender dos níveis das reservas, que devem estar em 31% de sua capacidade no Nordeste, e 41% no Sudeste até o início do perído úmido, que começa em novembro.

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