Onda de calor faz consumo de energia bater recorde pelo 2º dia seguido
Na véspera, carga havia passado da marca de 100 mil MW pela primeira vez na história
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) registrou nessa terça-feira, 14, um novo recorde na demanda instantânea de carga do Sistema Interligado Nacional (SIN): às 14h24, foi atingido o patamar de 101.437 megawatts (MW). Foi o segundo dia consecutivo que a carga superou a marca de 100 mil MW.
Foi o quinto recorde registrado neste ano, por causa das altas temperaturas, puxadas principalmente pelo Sudeste e Centro-Oeste. Antes das altas temperaturas desta semana, houve recorde em setembro e em fevereiro.
Por volta das 16h desta terça-feira, o atendimento à carga era feito em sua maioria por energia hidráulica (67,4%), seguida de energia eólica (14,5%), térmica (12,4%) e solar (5,4%). Questionado sobre riscos de desabastecimento de energia, o ONS afirmou em nota que o sistema é “robusto, seguro, possui uma ampla diversidade de fontes” e que está preparado para atender às demandas de carga e potência da população.
A onda de calor extremo castiga diversos estados brasileiros. Nesta terça-feira, o Rio de Janeiro registrou a maior sensação térmica desde 2014, de 58,5 graus Celsius (°C). A medição foi feita pela estação do serviço municipal de meteorologia Alerta Rio em Guaratiba, na zona oeste da cidade. No momento, os termômetros marcavam 35,5°C.
A onda de calor chegou em uma época do ano em que, normalmente, a estação chuvosa já está estabelecida e em que as nuvens funcionam como uma espécie de controle das temperaturas. A ausência dessa defesa, segundo a meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) Anete Fernandes, potencializa os efeitos do fenômeno climático. “Quando a gente tem ausência de chuva nesta época do ano, que chamamos de veranico, a ausência de nuvens favorece uma grande incidência de radiação na superfície, que é o que está acontecendo agora. Então, as temperaturas se elevam muito”, explicou ela.
(Com Agência Brasil)