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OMS se diz preocupada com guerra comercial do aço

Trump anunciou uma sobretaxa de importação de 25% sobre aço e de 10% sobre alumínio

Por Reuters
2 mar 2018, 14h30

O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevedo, expressou nesta sexta-feira preocupação com o plano do presidente norte-americano, Donald Trump, de tarifar as importações de aço e alumínio.

“A OMC está claramente preocupada com o anúncio dos planos dos EUA sobre tarifas de aço e alumínio. O potencial de escalada é real, como vimos a partir das respostas iniciais de outros”, disse ele em uma breve declaração da OMC. “Uma guerra comercial não é de interesse de ninguém. A OMC vai observar a situação de perto.” Essa é uma intervenção extremamente rara na política comercial de um membro da OMC.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assumiu um tom desafiador nesta sexta-feira, dizendo que guerras comerciais são boas e fáceis de ganhar, após anunciar na véspera que vai impor tarifas sobre importações de aço e alumínio ao país, o que desencadeou críticas globais e queda nos mercados acionários mundiais.

A União Europeia citou possibilidade de tomar contramedidas, a França disse que as tarifas dos EUA são inaceitáveis e a China pediu a Trump moderação. O Canadá, maior fornecedor de aço e alumínio aos Estados Unidos, disse que vai retaliar caso seja atingido pelas tarifas norte-americanas.

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As bolsas de valores dos EUA abriram em queda acentuada nesta sexta-feira, com investidores preocupados sobre uma possível guerra comercial global.

Trump disse na quinta-feira que as tarifas de importação de 25% sobre aço e de 10% sobre alumínio foram pensadas para proteger empregos norte-americanos contra produtos estrangeiros mais baratos e seriam formalmente anunciadas na próxima semana.

“Quando um país (EUA) está perdendo vários bilhões de dólares em comércio com praticamente todos os países com que faz negócios, guerras comerciais são boas e fáceis de ganhar”, escreveu Trump no Twitter. “Por exemplo, quando estamos perdendo 100 bilhões de dólares com um determinado país e eles decidem não fazer mais negócio, nós ganhamos muito. É fácil!”.

Por sua vez, o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, disse que o anúncio de Trump “pareceu” se aplicar a todos os países. “Isso é o que o presidente pareceu anunciar ontem”, disse Ross à CNBC quando perguntado se as tarifas se aplicariam a todos os países.

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As perspectivas de retaliação por Canadá, China e Europa levaram os mercados acionários globais em direção a uma perda semanal de 2,5%, com investidores se voltando a ativos tradicionalmente seguros como títulos do governo, ouro e o iene.

A ArcelorMittal, maior produtor de aço do mundo, recuou quase 5% e as ações de montadoras de carros como Fiat Chrysler sofreram com preocupações de que as tarifas dos EUA aumentarão custos.

No Brasil, as ações das siderúrgicas Gerdau, Usiminas e CSN mostravam quedas de entre 3,5% e 7,5% após comportamento sem direção comum na véspera, quando a Gerdau teve alta de cerca de 3%, Usiminas teve recuo e CSN ficou mais perto da estabilidade. A mineradora Vale mostrava baixa de 3,3% cento.

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