Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

OGX, de Eike Batista, não chega a acordo com credores

Prazo para acordo acaba nesta semana. Empresa pode declarar maior calote de dívida de uma companhia da América Latina ou pedir recuperação judicial

Por Da Redação
29 out 2013, 07h03

Terminou sem acordo as negociações entre a petroleira OGX, de Eike Batista, e os detentores de bônus com vencimentos em 2018 e 2022, segundo comunicado divulgado pela empresa na madrugada desta terça-feira. Isso significa que a petroleira não conseguiu um acordo para reestruturar a dívida de 3,6 bilhões de dólares. O prazo para entendimento termina nesta semana. Caso o calote se confirme, este será o maior default de dívida de uma empresa da América Latina. Em 1º de outubro, a empresa deveria pagar 45 milhões de dólares em juros aos detentores dos títulos mas não honrou o compromisso. Antes de ser declarada inadimplente, contudo, a OGX pode entrar com um pedido de recuperação judicial – o que o mercado considera mais provável neste momento do que a falência.

Fontes ouvidas pela agência de notícias Reuters afirmam que a empresa se prepara para entrar com pedido de recuperação judicial a partir desta terça-feira. Representantes da OGX não estavam disponíveis para comentar o fato. A coluna Radar, de Lauro Jardim, informa nesta terça-feira que o “dia D” da empresa de Eike não será hoje, mas que não passa desta semana.

Leia mais:

ANP: OGX pode manter campos, mesmo em recuperação judicial

OGX anuncia novos diretores e reitera plano de reestruturação

Continua após a publicidade

Os campos de exploração da OGX se mostraram sobreavaliados. Primeiro, Tubarão Azul, que era o principal deles, deixará de produzir em 2014 e será devolvido ao estado, devido à sua baixa capacidade de exploração. No final de setembro, o campo de Tubarão Martelo também desapontou: sua capacidade, atualmente, é de um terço da estimativa inicial.

Leia também:

Fortuna de Eike encolhe para US$ 70 mi – mas pode zerar, diz Bloomberg

Eike diz adeus à imponente sede do grupo

Continua após a publicidade

Depois do calote, S&P rebaixa ao menor nível as notas da OGX

Uma das fontes ouvidas pela Reuters disse na segunda-feira que a OGX planeja excluir do pedido de recuperação judicial sua unidade de gás natural OGX Maranhão, que estruturou um acordo com a E-ON, controladora da Eneva, ex-MPX Energia, para os bancos credores poderem vender a ela as ações que detêm da petroleira de Eike. O acordo prevê que, em caso de inadimplência da OGX Holding, a Eneva terá a opção de comprar, por 200 milhões de reais, 66,7% das ações emitidas pela OGX-M.

Se confirmado, o processo de recuperação judicial da OGX será o maior da história de uma empresa latino-americana, segundo dados da Thomson Reuters. O pedido não seria só um indicativo do tamanho da queda de Eike, mas também forneceria um duro teste à lei de recuperação judicial do Brasil, aprovada há oito anos, sobre se ela oferece a proteção adequada aos credores. As ações da OGX terminaram a segunda-feira estáveis na Bovespa, cotadas a 0,29 real.

(Com agência Reuters)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.