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OGX anuncia descoberta de gás em poço no Maranhão

Reserva de até 15 trilhões de pés cúbicos “representa metade do que os bolivianos entregam para o país pelo gasoduto Brasil-Bolívia”, diz Eike Batista, presidente do Grupo EBX

Por Da Redação
12 ago 2010, 18h28

Eike Batista disse que a descoberta pode representar uma reserva de até 15 tcf (trilhões de pés cúbicos, na sigla em inglês)

A OGX Petróleo e Gás, do Grupo EBX, anunciou nesta quinta-feira que identificou, por meio de sua subsidiária OGX Maranhão, a presença de gás no poço 1-OGX-16-MA, no bloco PN-T-68, na bacia terrestre do Parnaíba, no Maranhão. A OGX Maranhão – sociedade formada entre a OGX (66,6%) e a MPX Energia (33,3%) – é a operadora e detém 70% de participação no bloco. A Petra Energia possui os 30% restantes.

O presidente do grupo, Eike Batista, disse que a descoberta pode representar uma reserva de até 15 tcf (trilhões de pés cúbicos, na sigla em inglês) o que levaria a uma produção média diária de até 15 milhões de metros cúbicos de gás na região. “Esta é uma projeção minha, não é do nosso corpo técnico. Há ainda necessidade de fazermos outros testes e perfurarmos mais poços”, disse o empresário em teleconferência com jornalistas. “A descoberta foi tão importante que liguei pessoalmente para o presidente Lula para dar a ele a notícia”, comentou. “Esse valor representa metade do que os bolivianos entregam para o país pelo gasoduto Brasil-Bolívia”, disse.

Segundo o diretor de Exploração e Produção da OGX, Paulo Mendonça, o poço perfurado no local teve uma vazão de 400 mil metros cúbicos, oito vezes o volume esperado a partir das duas sísmicas que haviam sido realizadas na região. Pelas sísmicas, disse o diretor, foi indicada a possibilidade de perfuração de 20 prospectos nos cinco blocos que estão sob concessão da OGX na região.

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“Nós somos uma companhia extremamente peculiar. Não estamos atrás de um ou outro campo. Estamos em busca de novas províncias de petróleo e gás”, disse o diretor, destacando que a companhia já encontrou uma nova província na Bacia de Campos e deve consolidar outra na Bacia de Santos. “Já perfuramos 15 poços em Santos, todos com descoberta”, disse.

Segundo Mendonça, este poço na Bacia do Parnaíba teve um custo de 59 milhões de dólares, e ainda não atingiu maiores profundidades. A campanha no Parnaíba deverá atingir a investimentos totais de 600 milhões de dólares a 700 milhões de dólares.

O engenheiro, que atuou por décadas à frente da área de Exploração da Petrobras, disse durante a teleconferência que “poucas vezes na vida viu um teste” como o realizado no Parnaíba, com a vazão, pressão e potencial encontrado no local. “Um teste de gás que resulte chama a partir de três metros é interessante, mas estamos falando de 15 metros de chama. Também sabemos que quanto mais profundo o poço, maior pressão apresentada. Mas neste, já houve pressão estabilizada nos 10 metros”, disse, destacando o fato de os custos para a extração do gás e eventualmente do petróleo encontrado no local serem menores do que em campos localizados no mar.

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Além da localização em terra, os executivos do grupo também destacaram durante a teleconferência a posição estratégica da área do Parnaíba.

Segundo Eduardo Karrer, presidente da MPX, empresa ligada à área de energia do grupo EBX, esta descoberta pode atender aos sete empreendimentos de termelétrica, que devem gerar 1.863 MW na Amazônia. “Estamos caminhando este ano para obtenção da licença ambiental, e estamos buscando parcerias mundiais para garantir maior segurança na combinação hidrotérmica”, comentou.

(Com Agência Estado)

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