Obama quer fazer “grande acordo” para resolver orçamento e déficit
Presidente afirmou que quer evitar futuras disputas orçamentárias, mas insistirá no aumento de impostos para acabar com brechas que beneficiam os mais ricos
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse a deputados democratas nesta quinta-feira que está disposto a acertar um “grande acordo” com o Congresso sobre cortes de gastos e reformas tributárias para dar fim à incerteza fiscal em relação ao déficit do país. “Eu estou preparado, disposto e ansioso para fazer um grande acordo, um grande pacote, que deixe para trás essa crise onde a cada duas semanas, ou dois meses, ou a cada seis meses, estamos ameaçando essa recuperação arduamente conquistada”, afirmou Obama.
Em um alerta para as futuras disputas orçamentárias, o presidente americano disse que insistirá no aumento de impostos para acabar com brechas que beneficiam os mais ricos, como uma maneira de levantar recursos para planos de gastos públicos. Tais benefícios haviam sido implementados pela gestão de George W. Bush e terminarão em 2013.”Com o resto do caminho pela frente, poderemos implementar reformas adicionais e fazer nossos programas de saúde pública funcionarem melhor, e torná-los mais eficientes. Poderemos cortar os programas dos quais não precisamos”, completou.
“Mas também significa que temos de ser capazes de fechar algumas brechas tributárias das quais o norte-americano comum não se beneficia e aumentar receitas para dar conta do trabalho de maneira que nos permita continuar a crescer”, acrescentou o presidente em discurso aos deputados democratas.
Os meses após a reeleição de Obama, em novembro, foram marcados por disputas com parlamentares republicanos sobre questões orçamentárias e fiscais. Embora ambos os lados tenham sido capazes de evitar acentuados cortes e aumentos de impostos agendados para o fim do ano, e tenham agora adiado o risco imediato de um calote da dívida dos EUA, Washington vai sediar novamente uma batalha entre republicanos e democratas caso o presidente não consiga chegar a um acordo antes.
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(Com Reuters)