Obama diz que vetará tentativas de evitar corte do déficit
Presidente conclama partidos a encontrar solução comum para orçamento
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, advertiu nesta segunda-feira que vetará qualquer tentativa da oposição de impedir os cortes automáticos previstos para a redução do déficit do país em US$ 1,2 trilhão para 2013, e pediu ao Congresso que consiga um ‘acordo equilibrado’.
“Vetarei qualquer tentativa de desfazer os cortes automáticos. De um modo ou de outro, o déficit fiscal dos EUA será reduzido em US$ 1,2 trilhão”, afirmou Obama em entrevista coletiva realizada na Casa Branca.
Ele fez essas declarações poucos minutos após o comitê bipartidário do Congresso fracassar em obter um acordo e admitir sua incapacidade de acabar com o impasse antes da data limite – a próxima quarta-feira.
Segundo um acordo firmado em agosto, em caso de fracasso nas negociações no comitê, entrarão em vigor em 2013 cortes automáticos de US$ 1,2 trilhão que prejudicam igualmente interesses de republicanos e democratas, já que afetarão sobretudo as despesas militares, defendidas pelos primeiros, e os programas sociais, defendidos pelos segundos.
Obama fazia referência aos apelos de alguns congressistas, como o ex-presidenciável republicano John McCain, que advertiram para efeitos desastrosos desses cortes imediatos, especialmente no que se refere aos gastos em Defesa.
O presidente rejeitou tais justificativas. “Devemos aumentar a pressão para que se consiga o compromisso, e não retirar a pressão.”
Em setembro, fim do ano fiscal de 2011, o déficit dos EUA foi de US$ 1,3 trilhão, o que representa 8,6% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo dados do Escritório de Orçamento do Congresso.
Entra água no plano de Obama – Quando conseguiu aprovar o plano de redução de deficit de longo prazo, em agosto, quase à beira de um calote, o presidente Barack Obama previa um contingenciamento de até 2,4 trilhões de dólares na próxima década. O plano era o seguinte: os cortes seriam aprovados pelo Congresso em duas etapas, sendo 917 bilhões de dólares imediatamente, e 1,5 trilhão de dólares no fim do ano, que seriam definidos pelo atual comitê formado por democratas e republicanos da Câmara e do Senado. Se a comissão não chegasse a um acordo sobre pelo menos 1,2 trilhão de dólares em economias, ou o Congresso rejeitasse as sugestões, cortes automáticos nesse valor começariam a ser feitos em 2013.
(com Agência EFE)