Washington, 8 jun (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta sexta-feira que Espanha e Itália ‘estão realizando reformas inteligentes e necessárias, da arrecadação de impostos ao mercado de trabalho’, e opinou que a Grécia deve continuar na zona do euro.
Em um pronunciamento na Casa Branca no qual comentou a situação econômica grega e o impacto da crise da dívida na Europa, Obama defendeu que as reformas em Itália e Espanha precisam ‘de tempo e espaço para obter resultados’.
‘Nem tudo se pode cortar, cortar e cortar enquanto o desemprego cresce’, declarou.
‘Ironicamente’, prosseguiu Obama, ‘isso torna mais difícil para esses países dar sequência às reformas’. Por isso, ele elogiou o fato de a Europa ter dado início, agora, às conversas sobre como estimular o crescimento, ‘paralelamente’ às discussões sobre ‘maneiras sensatas’ de solucionar os problemas de financiamento.
Obama reiterou que esteve ‘em contato frequente com os líderes europeus durante os últimos meses’, e que considera que eles estão ‘na direção certa’.
Em referência à complicada situação da Grécia, Obama aconselhou a permanência do país na zona do euro porque, segundo ele, os sacrifícios ‘serão maiores se escolherem sair’.
‘É de interesse de todos que a Grécia continue na zona do euro respeitando seus compromissos de reforma’, ressaltou, após reconhecer ‘os sacrifícios’ que o povo grego fez.
‘Os líderes europeus entendem a necessidade de proporcionar ajuda, se o povo grego escolher permanecer na zona do euro (…), mas o povo grego também precisa reconhecer’, acrescentou o presidente americano, ‘que seus sacrifícios seguramente serão piores se optarem por sair da zona do euro’.
A Grécia realizará no dia 17 de junho eleições gerais nas quais estará em jogo o apoio popular ao segundo pacote de resgate negociado com a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI). Sem o pacote, o país se veria obrigado a suspender pagamentos e abandonar a moeda única europeia.
Em seu pronunciamento, Obama também reivindicou aos dirigentes europeus ‘ações claras, o mais rápido possível, para injetar capital nos bancos enfraquecidos’, e disse que os governantes ‘compreendem a seriedade da situação’. EFE