Obama celebra lei aprovada, mas admite : ‘É só um passo’
Segundo o presidente dos EUA, déficit é 'alto demais' e precisa ser equilibrado
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, comemorou nesta terça-feira (madrugada de quarta e Brasília) a aprovação pelo Congresso do pacote que afasta os efeitos do chamado abismo fiscal e assegurou que a lei constitui “apenas um passo” dentro de um esforço mais amplo de fortalecimento da economia americana.
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Em um breve pronunciamento à imprensa, Obama assegurou que a aprovação da lei – a ser sanacionada por ela nas próximas horas – representa o cumprimento de sua principal promessa eleitoral: aumentar os impostos para os mais ricos e preservar a classe média.
“Graças aos votos de republicanos e democratas no Congresso, vou assinar uma lei que sobe os impostos para os 2% mais ricos e evita, ao mesmo tempo, altas impositivas que teriam devolvido o país à recessão”, ressaltou o presidente.
O presidente reconheceu, no entanto, que o déficit do país “é alto demais” e se declarou “completamente aberto” a um compromisso para reduzi-lo de forma “equilibrada”. Obama advertiu também que não está disposto a entrar novamente em longas negociações com o Congresso sobre o aumento do teto de endividamento nacional. O Congresso, segundo ele, tem de proporcionar ao governo os meios requeridos pelas leis que os próprios congressistas aprovam. Leia mais: Saiba o que prevê a lei americana contra o abismo fiscal
Biden – Obama agradeceu o trabalho realizado nos últimos dias por seu vice-presidente, Joe Biden, que permaneceu ao seu lado durante o pronunciamento, assim como a colaboração demonstrada pelo líder republicano do Senado, Mitch McConnell, e o presidente da Câmara dos Representantes, John Boehner.
O próximo desafio será, sem dúvida, a busca de um acordo sobre a redução do orçamento federal, especialmente das despesas em alguns programas sociais muito populares. Sobre isso, Obama advertiu que a racionalização dessas despesas deverá acontecer junto com uma reforma do código fiscal que elimine os abusos e as lacunas que permitem a evasão.
Após obter o acordo que livra o país do “abismo”, o presidente dos EUA retorna ao Havaí na madrugada desta quarta para retomar as férias com sua família, que precisou interromper devido à crise fiscal.
(Com agência EFE)