Retrato de Marilyn Monroe pode se tornar a obra mais valiosa do século XX
A peça de Warhol é baseada em uma foto promocional do filme “Niagara”, estrelado pela atriz. A serigrafia está avaliada em 200 milhões de dólares
Iniciando a temporada de leilões de primavera em Nova York, a noite desta segunda, 9, será marcada por um arranjo recordista. A serigrafia de Andy Warhol de 1964, com o ícone Marilyn Monroe, está com venda estimada em 200 milhões de dólares, o preço mais alto alcançado por qualquer obra de arte americana em leilão. “Shot Sage Blue Marilyn” também poderá superar o recorde global de leilão para uma obra de arte do século XX, ultrapassando os 179,4 milhões de dólares pagos pela pintura de Pablo Picasso de 1955 “Les Femmes d’Alger (Versão ‘O’)”, vendida em 2015.
O leilão beneficente na Christie’s, onde a obra será ofertada, não será apenas um indicador das duas semanas de vendas, mas um prenúncio de todo um mercado internacional de arte ainda em recuperação com as restrições sociais da pandemia de Covid-19. Alex Rotter, presidente dos departamentos da Christie’s, chegou a destacar ao The New York Times que a pintura de Marilyn é a “mais significativa do século 20 a ser leiloada em uma geração”.
A obra de Warhol – que morreu aos 58 anos em 1987 após recuperação de cirurgia de vesícula – é baseada em uma foto promocional de um filme do 1953, o noir “Niagara”, estrelado por Monroe. A serigrafia é parte da série “Shot Marilyn” de Warhol, com cinco obras. A venda recordista desta segunda, 9, tem como precedente o leilão de 2017 da obra de arte de Jean-Michel Basquiat, uma pintura de caveira, sem nome oficial, que arrecadou 110,5 milhões de dólares. O comprador da obra “Shot Sage Blue Marilyn” poderá escolher qual instituição de caridade receberá 20% dos lucros da venda.