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O recado do CEO do Google Brasil sobre a reforma trabalhista de Lula

Diretor-executivo da big tech no país pede diálogo para regulação no setor; proposta de campanha do PT visa a enquadrar apps como iFood e Uber

Por Felipe Mendes Atualizado em 3 Maio 2022, 18h43 - Publicado em 3 Maio 2022, 15h10

Uma das principais propostas estudadas por economistas ligados ao Partido dos Trabalhadores (PT) para a campanha do ex-presidente Lula, que lidera as pesquisas de intenções de voto na corrida ao Planalto, é promover uma espécie de “revisão” da reforma trabalhista, aprovada em 2017. Ainda não há um consenso dentro da legenda sobre o aprofundamento de tal proposta, mas sabe-se que o principal alvo será promover mudanças na relação de trabalho entre plataformas digitais como iFood e Uber e seus prestadores de serviço. Hoje, não existe nenhum vínculo formal entre essas partes. Questionado por VEJA sobre como a eventual alteração das regras poderia inibir a inovação no país, o presidente do Google Brasil, Fabio Coelho, pediu “diálogo” entre o governo, agências reguladoras e as empresas que fazem parte do setor.

“Qualquer que seja o governo eleito, a gente vai trabalhar para ajudar a nossa sociedade e manter o diálogo. O diálogo faz parte do entendimento da discussão. O que fica muito claro é que, quando o novo chega, ele causa alguma ruptura no modelo já existente. Se você fizer dele exatamente igual ao que já estava lá, estará, primeiramente, limitando a inovação e, segundo, reduzindo a competitividade daquele ambiente. Há uma infinidade de problemas no Brasil que só são resolvidos através da inovação. A inovação está produzindo profundas transformações sociais no Estado brasileiro. Ninguém vai resolver um problema em uma comunidade em Maceió sentado na cadeira de um escritório nos Estados Unidos. Portanto, a gente precisa ter inovação”, afirmou Coelho.

O executivo cita o trabalho promovido pelo gigante tecnológico para “acelerar” as empresas iniciantes no Brasil e diz que é uma “mentira” apontar que as big techs não pagam impostos no país. “No nosso espaço de aceleração de startups em São Paulo, nós aceleramos 300 empresas em seis anos. São empresas nacionais, algumas até viraram unicórnios. Eu sou pró-inovação. Acho que a discussão sobre uma regulamentação do setor deve ser vista sempre com um olhar de diálogo”, reitera. “Durante muito tempo falou-se que as big techs não pagavam impostos. Não é verdade. Paga-se muito imposto no Brasil.”

Embora não externe o que pensa sobre como deveria ser a relação de trabalho entre os aplicativos móveis e seus prestadores de serviços, Coelho afirma que é possível encontrar uma regulamentação que englobe os interesses de empresas tradicionais e de companhias advindas da “nova economia” – ele cita como exemplo a Uber nos Estados Unidos.  “O diálogo é o que ajuda a construir uma solução, que será um ponto de equilíbrio em relação ao modelo atual. Isso fica claro para mim quando eu vejo que, nos Estados Unidos, é possível pegar um táxi usando o aplicativo da Uber. Então, é possível encontrar soluções, encontrar caminhos através do diálogo. Essa discussão não funciona com polarização”, finaliza.

 

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