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O rali do dólar nas primeiras semanas após a eleição de Lula

Repique na inflação e sinalizações fiscais de Lula fizeram bolsa despencar 3,35% e o dólar disparar 4,14%; real se desvalorizou frente a 22 moedas

Por Luana Zanobia Atualizado em 11 nov 2022, 19h08 - Publicado em 11 nov 2022, 13h09
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  • Na primeira semana pós-eleição de Lula, o mercado estava otimista com a mudança de governo e confiante com as promessas do presidente eleito de garantir “credibilidade, estabilidade e previsibilidade”. O Ibovespa acumulou ganhos de 3% e o dólar caiu 4,5% com perspectivas positivas no radar, mas as últimas sinalizações do governo e as falas de Lula, reverteram essa onda de ganhos fazendo a bolsa despencar 3,35% e o dólar disparar para uma alta de 4,14%, cotado a 5,3966 reais. Nesta sexta-feira, a moeda vem em recuperação. Por volta das 13h08, a moeda caia 1,95%, a 5,29 reais.

    Essa foi a maior cotação de fechamento desde 22 de julho, quando encerrou a 5,4988 reais, e a maior máxima diária, de 5,4148 reais, desde março de 2020, quando foi decretada situação de emergência pela pandemia de covid-19. O real teve o pior desempenho entre todas as divisas globais nesta quinta-feira, 10. A moeda brasileira se desvalorizou frente a uma cesta de 22 moedas, de acordo com levantamento da HCI Invest, chegando a perder valor até para o peso argentino.

    A reviravolta já vinha ganhando força com a PEC da Transição, instrumento que vem sendo estudado pelo novo governo para viabilizar os gastos sociais, como o Bolsa Família no valor de 600 reais e as demais promessas de campanha. A medida funciona como uma espécie de “licença para gastar”, concedendo à nova gestão a autorização de repassar recursos acima do teto de gastos. Para a equipe de transição, o cálculo para esse gasto extra é de 175 bilhões de reais, mas economistas renomados calculam que deve ultrapassar os 200 bilhões de reais. Além das incertezas fiscais, os dados de inflação voltaram a subir e a fala de Lula com críticas ao teto de gastos azedaram de vez o otimismo do mercado. “Por que as pessoas são levadas a sofrerem por conta de garantir a tal da estabilidade fiscal desse país? Por que toda hora as pessoas falam que é preciso cortar gastos, que é preciso fazer superávit, que é preciso fazer teto de gastos?”, questionou Lula em evento no Centro Cultural Banco do Brasil. “Não é possível que se tenha cortado dinheiro da Farmácia Popular em nome de que é preciso cumprir a meta fiscal, a regra de ouro”, disse.

    A fala contaria o discurso de Lula em suas campanhas, de garantir “credibilidade, estabilidade e previsibilidade”, deixando o mercado bastante estressado nos últimos dias, à espera de um ministro da Fazenda. “As chances de uma melhora no ambiente ficam ainda mais pesadas sobre o nome que Lula deverá indicar para a pasta. As chances agora de um nome que agrade nos parece menores, porém, depois do ajuste, talvez um nome que, simplesmente, não seja ruim, pode animar um pouco”, diz Étore Sanchez, sócio e economista-chefe da Ativa Investimentos.

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