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O que esperar dos investimentos na Bolsa em 2018

O crescimento do PIB, as eleições e a aprovação da reforma da Previdência vão ser fundamentais para o mercado de ações

Por Marina Monzillo Atualizado em 9 jan 2018, 15h06 - Publicado em 9 jan 2018, 08h23

A Bolsa de Valores sempre olha para a frente e, prevendo a recuperação econômica do país, teve um ano de alta. O Ibovespa bateu recordes e fechou 2017 com uma valorização de quase 27%, subindo mais que o dobro do CDI. Neste curto período de 2018, a Bolsa emendou onze pregões seguidos de alta, fechando a segunda-feira em 79.378 pontos.

“Mas quem comprou ações suou bastante, teve muita volatilidade. E 2018 promete ser igual”, comenta Michael Viriato, coordenador do Centro de Finanças do Insper.

Ele lembra que o ciclo de queda da taxa de juros está se encerrando e, para que a bolsa suba agora, é preciso, de fato, que haja aumento de preços das ações. “A expectativa do PIB crescer bem e sair do negativo, já no começo de 2018, favorece a melhoria do mercado de ações. Mas a bolsa no ano que vem não vai ser só felicidade, não”, diz o especialista, citando o cenário polarizado da campanha eleitoral para presidente e possíveis candidatos respondendo a denúncias como fatores de nervosismo nos próximos meses.

Renato Roizenblit, planejador financeiro da Planejar – Associação Brasileira de Planejadores Financeiros, concorda: “Essa situação política delicada pode elevar o Risco Brasil, gerando fuga de capital de investidores estrangeiros, consequentemente a taxa de juros sobe e a bolsa cai”, explica.

Outro ponto fundamental para um bom desempenho da Bovespa no próximo ano é a aprovação da reforma da Previdência. “O cenário internacional está positivo para mercados emergentes, o mundo está com um crescimento sustentável, taxas de juros controladas, mesmo com elevações por parte do Banco Central americano. Para aproveitar esse vento favorável, o Brasil precisa içar a vela”, diz Viriato. Esse movimento seria eleger um candidato que acalme o mercado financeiro e aprovar a reforma que suaviza o déficit fiscal.

IPOs

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Mesmo não repetindo o cenário de 2006 e 2007, época de auge de estreias e ofertas de companhias na Bolsa de Valores, o ano termina com mais operações de crédito do que o ano anterior, quando a alta volatilidade segurou as empresas. BR Distribuidora, Burger King e Carrefour são alguns dos grandes IPOs realizados em 2017. “Com os juros e o Risco Brasil mais baixos, os empreendedores ficam mais seguros de captar recursos, por isso, 2018 tem tudo para ter várias novas ofertas, muitas já estão em andamento”, diz Roizenblit.

Ambos os especialistas concordam que até as eleições é tempo de cautela para o investidor pessoa física, mas isso é relativo. “Na Bolsa, não dá para esperar o que vai acontecer. Por isso, a capacidade do investidor de tomar risco e sua tolerância psicológica à volatilidade são determinantes para suas decisões de compra”, lembra o planejador financeiro.

Mesmo dentro do mercado de ações, há escolhas mais ou menos conservadoras, com diferentes comportamentos de flutuação em relação ao índice Bovespa. “Existem empresas mais previsíveis, porém, com lucros mais previsíveis também. E para quem quiser ser mais cauteloso, o ideal é partir para um fundo multimercados macro, que pode incluir ações, entre outros tipos de investimento, com um gestor que tem mais velocidade, estrutura e informação”, sugere Roizenblit.

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