O pior da inadimplência já passou, avalia BC
Em nota de política monetária, BC relatou estabilidade da inadimplência em março
O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, disse, nesta sexta-feira, que os dados da inadimplência no primeiro trimestre deste ano mostraram um quadro um pouco melhor, principalmente no crédito livre para as famílias. “O momento mais crítico, aparentemente, ficou para trás.” Segundo Maciel, essa queda “é gradual, lenta” e disse ainda que há espaço para que a inadimplência recue mais.
A inadimplência do sistema financeiro, que contabiliza os atrasos superiores a noventa dias, permaneceu estável em 3,6%, acumulando declínio de 0,2 ponto porcentual (p.p) em doze meses, segundo a nota de Política Monetária e Operações de Crédito divulgada pelo BC nesta sexta-feira.
Para ele, a melhora vista é uma tendência disseminada no crédito, observada em várias modalidades, como crédito pessoal, consignado, cheque especial e veículos. Maciel afirmou também que o aumento em 2012 estava ligado a fatores como resquício da carteira de veículos com alta da inadimplência.
“Isso está melhorando. A partir do momento em que se identificou essa alta, houve maior atenção do sistema, e a originação do crédito se deu com maior qualidade”, disse. Também contribui para essa melhora a continuidade de crescimento da renda, avaliou Maciel, que destacou que as condições do mercado de trabalho continuam favoráveis. “Outro aspecto que ajudou foi o custo dos empréstimos, que recuou mais de forma mais significativo ao longo do ano passado.”
Leia também:
Volume de operações de crédito avança, mas bancos privados emprestam menos
(Com Estadão Conteúdo)