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O peso do risco fiscal na inflação e nos juros, segundo o Banco Central

Ata do Copom mostra que colegiado seguirá com ajustes adicionais nos juros após a taxa básica chegar a 10,75% ao ano, o maior percentual desde 2017

Por Larissa Quintino Atualizado em 8 fev 2022, 15h05 - Publicado em 8 fev 2022, 09h01

O  Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central estima que a inflação deva estourar a meta pelo segundo ano consecutivo. Na ata da última reunião, divulgada nesta terça-feira, 8, o colegiado projeta que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar o ano em 5,4% e que, por isso, os aumentos na taxa básica de juros devem continuar. Segundo o comunicado, um dos grandes riscos “altistas” para a inflação está na incerteza fiscal e no fim do processo de reformas. Em ambos fatores apontados, o governo federal tem sido diretamente responsável.

“Políticas fiscais que impliquem impulso adicional da demanda agregada ou piorem a trajetória fiscal futura podem impactar negativamente preços de ativos importantes e elevar os prêmios de risco do país”, diz o documento em outro trecho.  Ou seja, aumento de gastos públicos em ano eleitoral podem elevar o risco, com impacto no dólar e na inflação e, consequentemente, na taxa de juros.

“O Comitê ponderou que o risco de desancoragem das expectativas para prazos mais longos, derivado dos desenvolvimentos no cenário fiscal, mantém o viés altista para as projeções do seu cenário de referência. Como consequência, o Copom avaliou que, considerado esse viés devido à assimetria de riscos, suas projeções se encontram acima da meta tanto para 2022 como para 2023″, afirma sobre a inflação.

A previsão para o próximo ano está em 3,5%, acima dos 3,25% da meta, mas dentro da margem de tolerância. Os 5,40% projetados para este ano fogem tanto da meta (3,5%) quanto o limite dela (5%).  O Copom reitera que o processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira é essencial para o crescimento sustentável da economia. Esmorecimento no esforço de reformas estruturais e alterações de caráter permanente no processo de ajuste das contas públicas podem elevar a taxa de juros estrutural da economia”, afirma a ata.

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Ritmo de alta

A reunião da semana passada foi a terceira consecutiva com aumento de 1,5 ponto percentual na taxa básica. Na ata, a autoridade monetária sinaliza que a alta na próxima reunião, marcada para meados de março, deve ser menor. “O Comitê antevê como mais adequada, neste momento, a redução do ritmo de ajuste da taxa básica de juros”.

Ao contrário dos encontros anteriores, o Copom não adiantou qual deve ser o grau de aumento, alegando a incerteza sobre preços de ativos e das commodities.

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