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O impacto da valorização do real frente ao dólar na inflação ao produtor

Em tempos de energia elétrica alta, a queda da moeda americana deixou os custos de matérias primas menos onerosos para as indústrias

Por Larissa Quintino Atualizado em 29 jun 2021, 10h17 - Publicado em 29 jun 2021, 09h56

Ainda que esteja em patamar elevado, o dólar comercial vem desacelerando no país. Durante o mês de maio, a moeda americana passou a fortalecer frente ao real. Como boa parte das commodities e matérias primas são cotadas em dólar — o que puxou a inflação para cima durante o início do ano –, o arrefecimento tem pressionado menos os preços para o setor produtivo, apesar da energia elétrica pesar nas contas. Dois índices divulgados nesta terça-feira, 29, mostram o movimento.

O Índice de Preços ao Produtor (IPP), do IBGE, foi de % em maio, alta menor que os 2,19% registrados em abril. Já o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de junho desacelerou ainda mais, ficando em 0,6% após ter marcado 4,10% no mês anterior.

Vale lembrar que o real teve forte desvalorização no ano passado frente ao dólar (-22,4%), mas neste ano foi a quarta moeda que mais se valorizou. A al para a quarta moeda que mais se valorizou em 2021, segundo a agência de classificação de risco Austin Rating. No total, a alta é de 3,6% no acumulado do ano, segundo a agência Austin Rating. Em maio, por exemplo, a moeda bateu 5,44 reais no início do mês e fechou em 5,23. Na última segunda-feira, o dólar ficou em 4,94 reais.

O IGP-M é compostos de preços ao produtor (IPA), ao consumidor (IPC) e da construção civil. O movimento de desaceleração visto no indicador de junho é justamente na produção, enquanto que os preços ao consumidor se mantiveram estáveis. “A combinação de valorização do real com o recuo dos preços em dólar de commodities importantes, fez o grupo matérias-primas brutas do IPA cair em junho. Com este movimento, a taxa do IPA registrou expressiva desaceleração”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.

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O movimento é visto no índice do IBGE, apelidado de “inflação na porta da fábrica”, já que não considera preços de frete e impostos. A taxa de 1% de maio é a menor variação de preços em 2021. O acumulado no ano atingiu 17,58% enquanto o acumulado nos últimos 12 meses foi de 35,86%. 

Um dos motivos da desaceleração, segundo o gerente do IPP, Manuel Souza Neto, foi a desvalorização do dólar no mês de maio. O real valorizou em cima do dólar em 4,9%, o que para o especialista é um percentual considerável para um único mês. “Com isso, uma série de produtos cotados em dólar caíram de preço”, explica.

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