Último mês: Veja por apenas 4,00/mês

APURAÇÃO DAS ELEIÇÕES 2024

Continua após publicidade

O flerte malsucedido de Paulo Guedes com Gilberto Kassab

Chefe da Economia defendeu nome de ex-ministro de Lula para a Casa Civil para dar vazão à agenda de reformas e aglutinar apoio à reeleição de Bolsonaro

Por Victor Irajá Atualizado em 2 ago 2021, 16h32 - Publicado em 2 ago 2021, 16h26

A ascensão do senador Ciro Nogueira, expoente do Centrão, a ministro da Casa Civil não foi a primeira, tampouco a segunda, indicação do ministro da Economia, Paulo Guedes, para o posto. Guedes defendia desde o início do governo que um “político de carreira” estivesse na chefia do ministério. O chefe da Economia entendia que, com um profissional da política no lugar do general Luiz Eduardo Ramos, teria maior facilidade para dar vazão à agenda de reformas no Congresso. Em primeiro lugar, ainda em 2019, sugeriu ao presidente Jair Bolsonaro o nome de seu então secretário de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, graças à atuação célebre na articulação pela aprovação da reforma da Previdência. Deu no que deu. Marinho foi presenteado com o Ministério do Desenvolvimento Regional e tornou-se um dos principais adversários de Guedes no governo, graças à sua inclinação pelo aumento dos gastos com obras públicas que tanto desagrada o ministro da Economia.

Depois, Guedes imbuiu-se da missão de abrigar Gilberto Kassab (PSD-SP), ex-ministro de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, no posto. Ele vem lamentando que o ex-prefeito de São Paulo tem bastante experiência política e poder de aglutinação. Seria um nome importante, na avaliação do ministro, para compor o time que trabalhará pela campanha de reeleição de Bolsonaro. Era questão de tempo, segundo Guedes, para que Kassab embarcasse em outra candidatura. Bolsonaro ouviu e o resto é história. Kassab embarcou com gosto na potencial candidatura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), à presidência da República, para a insatisfação de Guedes. Kassab vem articulando pela filiação de Pacheco ao PSD e apostado que o tom conciliador do senador possa elevá-lo a potencial nome da terceira via nas eleições de 2022.

Como mostra matéria na edição de VEJA desta semana, a indicação de Ciro Nogueira tem o dedo do ministro da Economia. Seria uma forma de alimentar os anseios do Centrão por mais participação no governo e, de quebra, ainda aplainar os ânimos no Senado, para que a agenda de reformas possa avançar em uma Casa que, segundo o ministro, bloqueava as discussões avançadas na Câmara, sob a batuta do seu presidente, Arthur Lira (PP-AL), aliado do governo. O problema é que não dá para manter os dedos sem perder alguns anéis. No final das contas, a solução encontrada pelo Posto Ipiranga foi realizar a cisão do antigo Ministério do Trabalho e Previdência de seu potentado administrativo e entregá-lo a Onyx Lorenzoni. Nos cálculos de Guedes, foi um mal menor.

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.