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O deboche e um conselho de André Janones para o presidente Jair Bolsonaro

Presidenciável, deputado André Janones insinua que Bolsonaro é cínico ao declarar ajuda à população mais carente às vésperas do pleito

Por Felipe Mendes Atualizado em 22 jul 2022, 12h27 - Publicado em 22 jul 2022, 09h29

Quinto colocado nas pesquisas de intenções de voto para presidência da República nas eleições de 2022, o deputado federal André Janones (Avante-MG) disse em entrevista a VEJA que o atual presidente Jair Bolsonaro não sabe qual a razão da inflação que corrói o poder de compra do brasileiro. Para ele, conceder subsídios para a população carente não é a melhor forma de controlar esse problema. “Sal de frutas faz muito bem para o estômago quando você está com azia. Agora, se estiver com inflamação na garganta, é preciso tomar um anti-inflamatório”, diz Janones. “O Bolsonaro está tratando a inflamação na garganta com sal de frutas.”

Janones afirma que sabe fazer o ‘diagnóstico’ da inflação no país, mas não se arrisca a prescrever os medicamentos para tal. “Eu não tenho a solução para acabar com a inflação. Mas eu consigo detectar o problema causador da inflação”, diz o deputado. “O Bolsonaro ainda não entendeu qual é o problema. Nós não temos um problema de demanda no Brasil. O Bolsonaro ataca o problema da maneira errada, como se a gente estivesse passando por uma inflação causada por um excesso de demanda e não é isso. Na verdade, é o oposto. O brasileiro não consegue ter acesso aos produtos”.

Para ele, é preciso aumentar a demanda e estimular a produtividade no país para conter o problema inflacionário. “É difícil falar em solução fora da presidência, mas se o país estimulasse a produtividade, conseguiria minimizar os efeitos da inflação”, reitera. “Quando a gente tiver o remédio que cure a inflação, vamos patenteá-lo e passaremos a solução para o mundo inteiro”.

Ele acusa, ainda, Bolsonaro de ser cínico ao falar em ajuda à população mais carente às vésperas do período eleitoral. “A dois meses da eleição ele diz que a prioridade é combater a fome, é atender aos mais pobres, mas não fala do desmonte que ele promoveu em diversas áreas. Foi ele que acelerou o fim do banco de alimentos.” De fato, o governo Bolsonaro zerou o orçamento do principal programa de alimentos da agricultura familiar, o Alimenta Brasil, que gera doação de comida para pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional.

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