Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

O contra-ataque da Tesla e de Elon Musk contra o JP Morgan

Agora é a vez da montadora de Elon Musk ir à Justiça contra o banco; tuíte do empresário é o principal motivo do litígio entre as empresas

Por Felipe Mendes
Atualizado em 24 jan 2022, 21h41 - Publicado em 24 jan 2022, 15h18

Depois de ser processada em novembro passado pelo banco JP Morgan Chase, devido à quebra de um contrato sobre garantias em uma operação no mercado financeiro, a Tesla decidiu ‘dar o troco’ na mesma moeda. Nesta segunda-feira, 24, a montadora comandada pelo multibilionário Elon Musk contra processou o banco alegando “má-fé e avareza” em relação à ação movida pelo JP Morgan no ano passado. O litígio entre as empresas já virou uma troca de farpas pública.

Tudo começou quando o JP Morgan decidiu cobrar 162 milhões de dólares da montadora na Justiça. Em 2014, a Tesla vendeu títulos de garantia, os chamados ‘warrants’, para o banco que seriam pagos se o preço do exercício estivesse abaixo do preço das ações da montadora na data do vencimento. Em agosto de 2018, um tuíte de Musk, que alertava para a possibilidade do fechamento do capital da montadora, fez as ações da Tesla oscilarem e o JP Morgan, para se proteger, ajustou o preço de exercício. Segundo a instituição financeira, o tuíte do empresário gerou “efeitos econômicos imediatos e significativos, já que o mercado tentou definir o preço da probabilidade de a Tesla fechar o capital”.

O banco americano voltou a ajustar o preço de exercício quando Musk voltou atrás na decisão de fechar o capital da empresa. Os warrants tinham datas de vencimento que variavam do início de junho de 2021 ao fim de julho de 2021. Quando os títulos expiraram, segundo o processo movido pelo JP Morgan, os valores das ações da Tesla subiram para níveis “bem acima dos preços de exercício originais e ajustados”, exigindo que a Tesla entregasse contratualmente shares de suas ações ou dinheiro. A Tesla, por sua vez, acusou a instituição financeira de fazer ajustes “excessivamente rápidos e uma tentativa oportunista de aproveitar as mudanças na volatilidade em ações da Tesla”.

Segundo a Tesla, o banco não tinha direito aos bilhões de dólares recebidos por meio de ações da empresa no ano passado devido aos títulos de garantia. De acordo com reportagem do jornal The Wall Street Journal, os executivos-chefes das duas empresas, Jamie Dimon e Musk, estão em pé de guerra e não estariam se falando mais após o episódio. Em tom irônico, Musk ameaçou escrever uma avaliação de uma estrela sobre o JP Morgan no portal Yelp caso o banco não retirasse o processo movido em 2021. A Tesla disse que o banco quebrou o contrato ao fazer os ajustes, uma vez que a própria instituição não acreditava que Musk fosse realmente fechar o capital da empresa. No novo processo, a montadora busca indenizações e taxas com valores que ainda não tornaram-se de conhecimento público.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

O Brasil está mudando. O tempo todo.

Acompanhe por VEJA.

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.