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Nubank levanta R$ 375 mi para expansão e faz captação inédita

Operação marca a primeira oferta pública de letra financeira subordinada (LFSN), tradicional instrumento de captação bancária

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 17 jun 2019, 15h37 - Publicado em 17 jun 2019, 14h27

O Nubank levantou mais 375 milhões de reais em recursos para dar sequência ao seu plano de expansão, que avança para a América Latina após a fintech brasileira se consolidar como uma alternativa aos grandes bancos no país. A operação marca ainda a primeira oferta pública com esforços restritos de letra financeira subordinada (LFSN), tradicional instrumento de captação bancária.

Até então, só haviam ocorrido emissões privadas no mercado brasileiro. O Nubank estreou a nova modalidade com uma oferta de 75 milhões de reais e que atraiu cinco investidores institucionais. O prazo de vencimento dos títulos, elegíveis para compor capital de nível II da fintech, é de 10 anos, com opção de recompra a partir do quinto ano e taxa prefixada.

Na mesma operação, o Nubank captou outros 300 milhões de reais via letras financeiras sênior. Com demanda de 1,5 vez, a oferta contou com a participação de 18 investidores institucionais, terá remuneração de 116% do CDI e prazo de 2 anos. A emissão recebeu nota ‘brA- (sf)’ da agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P).

De acordo com o diretor financeiro (CFO, na sigla em inglês), Gabriel Silva, as captações ocorrem menos de um ano após o Nubank ter constituído sua própria financeira, a NuFinanceira. “Isso é resultado da confiança dos investidores na nossa estratégia e também do intenso trabalho dos nossos times, business e jurídico, que mostraram que podemos inovar até mesmo nas nossas captações no mercado”, avalia o executivo.

O Nubank recebeu o aval do Banco Central para operar como instituição financeira em novembro do ano passado. A autorização permitiu que a fintech pudesse operar como um banco, não dependendo mais de parcerias para captar recursos e ofertar crédito aos seus clientes.

Nos últimos dois anos, o Nubank reforçou seu portfólio. Lançou uma conta corrente digital, a NuConta – utilizada por mais de 5,5 milhões de brasileiros, um cartão de débito para pagamentos e saques nos caixas eletrônicos da rede Banco24Horas e passou a conceder empréstimos a seus clientes. Este mês, a novata foi além e disponibilizou uma modalidade de investimento similar ao tradicional Certificado de Depósito Bancário (CDB).

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Em paralelo, o Nubank segue reforçando sua estrutura de capital para continuar crescendo. Além das emissões de letras financeiras, em março último captou 500 milhões de reais por meio de um Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC) para financiar sua operação de cartões.

Considerado a maior fintech da América Latina com mais de 9 milhões de clientes, o Nubank já arrecadou 420 milhões de dólares desde que foi fundado, em 2013 pelo colombiano David Vélez. Dentre os que apostaram na novata, estão nomes como a gigante chinesa Tencent, dona do aplicativo de mensagens WeChat, e fundos como Sequoia Capital e Ribbit Capital.

Avaliado em 4 bilhões de dólares, o Nubank começa a se expandir geograficamente. Depois de anunciar uma filial no México no mês passado, a primeira fora do Brasil, essa semana desembarcou na Argentina.

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