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Novozymes aposta em enzimas para crescer

Por Da Redação
21 nov 2011, 18h02

Por Filipe Domingues

Nova York – A produtora dinamarquesa de enzimas industriais Novozymes avalia que o principal fator capaz de impulsionar seu crescimento nos próximos anos será a tecnologia de enzimas para produzir biocombustíveis a partir de resíduos agrícolas. A companhia espera que a demanda por esses produtos dispare durante a próxima década em todo o mundo. “Esse mercado se tornará extremamente grande”, disse o diretor financeiro Benny Loft, em entrevista à agência Dow Jones.

A Novozymes, criada uma cisão da companhia de insulina Novo Nordisk, em 2000, atualmente ocupa quase metade do mercado global de enzimas, estimado em US$ 4 bilhões. Também investe pesadamente em pesquisa e enzimas avançadas prontas para o mercado, com objetivo de evoluir na chamada segunda geração do etanol. “Uma parte muito importante do processo de biomassa é a enzima que pode quebrar a celulose dos talos de milho, ou outros tipos de resíduos de plantas, para extrair os açúcares com os quais se produz etanol”, explica Loft. Esse mercado pode mudar completamente a biotecnologia industrial e a indústria de enzimas, segundo a companhia. “E isso também pode fazer a Novozymes se transformar em algo totalmente diferente”, acrescentou Loft.

A Novozymes fechou parcerias com outras companhias, líderes na indústria de biocombustíveis, como Poet, Greenfield Ethanol, Inbicon, Lignol, ICM, M&G, CTC, COFCO, Sinopec, e Praj, para acelerar o processo de desenvolvimento e implantação da tecnologia. Loft afirmou que os avanços na eficiência das enzimas devem ajudar a reduzir os custos de produção dos biocombustíveis de celulose.

Segundo o diretor, o mercado de biocombustíveis dos Estados Unidos deve se expandir sob as regras do mandato federal, cuja meta de produção é de 60,5 milhões de litros de combustíveis de segunda geração até 2022. “Nossa estimativa é de que se precisa de dez vezes mais enzimas para quebrar toda a celulose necessária para superar o milho”, diz, referindo-se ao fato de que o milho é a principal matéria-prima do etanol nos EUA.

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Emergentes

A Novozymes estima que o custo de enzimas será de US$ 0,30 por galão de 3,79 litros, o que atribui ao mercado de enzimas um potencial de US$ 5 bilhões para a segunda geração de biocombustíveis, apenas nos EUA, dentro de dez anos. “As oportunidades são tão grandes na China quanto são nos Estados Unidos. Também há uma grande oportunidade no Brasil.”

Os mercados emergentes se tornarão uma fonte cada vez mais importante de crescimento para a companhia, que obtém 14% de sua receita com pesquisa e desenvolvimento.

“Estamos nesses países há muitos anos, com produção na China, na Índia e no Brasil, portanto temos uma compreensão confiante do mercado e temos crescido. Nosso pessoal nesses três países espera alcançar crescimento de receita em torno de 20% ao ano, em cada país, nos próximos cinco a dez anos”, disse Loft. A Novozymes possui mais de 700 produtos e 5,8 mil funcionários em 40 países. As informações são da Dow Jones.

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