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Novo presidente do BNDES diz que vai explicar ‘caixa-preta’ do banco

O economista Gustavo Montezano tomou posse do cargo nesta terça-feira e afirmou que a nova gestão está alinhada com as diretrizes do governo Bolsonaro

Por Larissa Quintino Atualizado em 16 jul 2019, 17h00 - Publicado em 16 jul 2019, 13h10

Durante a cerimônia de posse como presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), nesta terça-feria, 16, o economista Gustavo Montezano, de 38 anos, disse que sua primeira meta à frente da instituição é “explicar para a população brasileira a caixa-preta do BNDES”, sem dar mais detalhes.

A abertura da “caixa-preta” do BNDES é defendida pelo presidente Jair Bolsonaro desde a campanha eleitoral. Como “caixa-preta”, Bolsonaro se refere a contratos feitos durante os governos Lula e Dilma — sobretudo com países alinhados ao PT, como as ditaduras de Cuba e Venezuela. A questão foi uma das motivações para a saída de Joaquim Levy, em junho, que pediu para deixar o cargo após críticas públicas do presidente. 

Montezano, que estava no governo Bolsonaro como secretário ajunto da Secretaria de Desestatização e Desinvestimento do Ministério da Economia, afirmou que a nova gestão do BNDES está alinhada com o governo. Além da caixa-preta, o executivo listou outras quatro metas para o banco até o fim do ano: acelerar a venda de participação especulativa que o banco detêm, na ordem de 100 bilhões de reais; concluir a devolução de recursos ao Tesouro, em cerca de 126 bilhões de reais; traçar um plano trianual e melhorar a prestação serviços do banco ao estado, financiando obras de infraestrutura como segurança, saúde, educação e saneamento básico. Segundo ele a instituição vai ser “menos banco e mais desenvolvimento”.

“O BNDES não vai competir com o setor privado. Ele vai ser pioneiro e atuar onde o privado não atua ou não é eficiente. E isso sempre com transparência. Essa é a palavra-chave e o marco zero para a gestão de qualquer empresa pública no Brasil”, afirmou.

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O ministro da economia, Paulo Guedes, disse que a gestão de Montezano no BNDES vai acabar de vez com a política de “campeões nacionais” – grandes empresas que recebem recursos do banco – e vai acelerar o desenvolvimento da infraestrutura e na pauta de desestatização e privatizações do governo federal.

Cargo era de Levy

Montezano substitui Joaquim Levy, ex-ministro da Fazenda do governo Dilma, e que ficou à frente do BNDES de janeiro a junho. Levy pediu demissão após críticas públicas de Bolsonaro. O presidente da República ficou contrariado com a indicação do advogado Marcos Barbosa Pinto à diretoria de mercado de capitais do banco e declarou que demitiria Levy se ele não voltasse atrás na escolha.

Barbosa ocupou cargos no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assim como o próprio Joaquim Levy, que foi secretário do Tesouro entre 2003 e 2006. O ex-presidente do BNDES ainda foi ministro da Fazenda de janeiro a dezembro de 2015, no governo Dilma Rousseff.

“Governo tem que ser assim, quando bota gente suspeita em cargos importantes. E essa pessoa, como o Levy, vem há algum tempo não sendo leal àquilo que foi combinado e àquilo que conhece a meu respeito. Ele está com a cabeça a prêmio já tem algum tempo”, disse Bolsonaro na ocasião.

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