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Nova metodologia do IBGE deve evitar PIB negativo em 2014

Contas nacionais incorporarão gastos bélicos e com pesquisa e desenvolvimento ao investimento. No sistema atual, esses gastos entram no consumo

Por Da Redação
10 mar 2015, 11h45

As mudanças no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB), a serem implementadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), devem aumentar o tamanho da economia do país e afastar o risco de recessão em 2014, afirmam economistas consultados pelo jornal O Globo. As contas nacionais incorporarão gastos bélicos e com pesquisa e desenvolvimento ao investimento e calcularão melhor dados da construção civil e saúde.

As alterações estão sendo trabalhadas pelo IBGE desde 2012 e promoverão uma mudança no ano-base da série histórica. Atualmente, a base é considerada o ano 2000, e com a atualização passará ao ano de 2010. O novo sistema, que deve ser detalhado nesta quarta-feira, também vai incorporar dados do Censo Agropecuário de 2006 e da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2008-2009, além de se adaptar às recomendações internacionais. Dessa forma, o PIB brasileiro se tornará mais comparável com o de outros países.

“Os resultados de fim de março (quando o IBGE vai divulgar os dados do PIB de 2014) devem apontar um número um pouco melhor do que se imaginava, por isso, ainda mantemos a expectativa de crescimento zero do ano passado. Sem a revisão seria muito provável queda de PIB em 2014”, disse Sérgio Vale, economista da MB Associados.

Eduardo Velho, economista-chefe da INVX Global Partners, também acredita que o país deve evitar o PIB negativo no ano passado. “É provável que ocorra um aumento do PIB, o que deve elevar a probabilidade da taxa real de crescimento ter sido positiva (um pouco acima de zero) em 2014, e, portanto, livrar o Brasil de taxa negativa”, afirmou.

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A atualização também busca incorporar as novas recomendações da Organização das Nações Unidas (ONU) para sistemas de contas, publicadas em 2009 com referência ao ano anterior. Uma dessas recomendações é que os gastos com pesquisa e desenvolvimento (P&D), bancos de dados e softwares, e gastos com extração mineral passarão a ser contabilizados na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, como os investimentos são calculados no PIB). No sistema atual, esses gastos entram na categoria de consumo.

“Essa mudança específica (do investimento) tem impacto positivo no PIB. Nos Estados Unidos, [o PIB] aumentou 2,4% por questões conceituais. É um processo longo, que foi anunciado há três anos. Isso é pra evitar dizer que mudou agora em função do que aconteceu no ano passado”, afirmou o diretor de Pesquisas do IBGE, Roberto Olinto.

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(Da redação)

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