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Nova alta do IOF irrita BM&FBovespa e confunde especialistas

Por Da Redação
19 out 2010, 07h55

“Ainda estou tentando entender o raciocínio do governo, porque na Bolsa os riscos são mitigados e se evita o risco sistêmico. Aqui, o governo sabe exatamente o tamanho das posições.”

Edemir Pinto, presidente executivo da BM&FBovespa

A decisão do governo de aumentar pela segunda vez em 15 dias a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para investimentos de estrangeiros em renda fixa – que pagam juros como remuneração – provocou descontentamento na BM&FBovespa e confundiu até mesmo especialistas do mercado financeiro. Os analistas aguardam os detalhes da regulamentação para fazer uma avaliação mais precisa.

As dúvidas principais referem-se à mudança das regras no mercado futuro, onde o IOF da chamada margem subiu de 0,38% para 6%. Nem mesmo a BM&FBovespa compreendeu a mudança. “Estamos esperando a publicação para entender melhor a incidência”, afirmou o presidente executivo da BM&FBovespa, Edemir Pinto. Ele lamentou a decisão do governo, porque acredita que os investidores vão migrar para outras opções disponíveis no mercado, que não são reguladas (e controladas) como o ambiente da Bolsa de Valores.

“Ainda estou tentando entender o raciocínio do governo, porque na Bolsa os riscos são mitigados e se evita o risco sistêmico. Aqui, o governo sabe exatamente o tamanho das posições.” O governo avalia que a maior parte da pressão sobre o real vem das operações no mercado futuro, argumento que é rechaçado pelo presidente da Bolsa. No fim da semana passada, estrangeiros tinham cerca de 13 bilhões de dólares em apostas pela alta do real.

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O diretor executivo da NGO Corretora de Câmbio, Sidnei Nehme, também não entendeu as medidas na prática. Segundo ele, não está claro como será a incidência do IOF de 6% (em vez dos 0,38% anteriores). A margem é uma garantia que os agentes que operam no mercado futuro têm de deixar depositadas. Seu objetivo é proporcionar segurança aos negócios. Em geral, a maioria desses agentes usa títulos públicos.

As novas regras são mais um passo do governo na tentativa de segura a valorização do real ante o dólar. Isso porque, com o real valorizado, as exportações brasileiras perdem competitividade frente a de outros países. Recentemente, outros países também anunciaram medidas para conter suas moedas. É a chamada guerra cambial.

(Com Agência Estado)

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