No Dia do Biscoito, conheça quais são os mais consumidos no país
Pesquisa analisou 53 milhões de famílias para revelar qual o público que consome produto
O biscoito é presença quase unânime nos lares brasileiros – está nas mesas de 99,7% das residências do país, segundo pesquisa realizada pela Kantar WorldPanel. A popularidade é tanta que ele tem uma data em sua homenagem: 20 de julho, Dia do Biscoito.
A pesquisa encomendada pela Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi) mostra que cinco tipos lideram a preferência do consumidor: os salgados tradicional/especial, o seco doce tradicional, os recheado/tortinha e o wafer.
Só esses tipos estão presentes em 29,6% dos lares brasileiros, mas há diferenças entre preferências e os perfis de consumidor pelo país.
No geral, a pesquisa revelou as características de quem mais consome esse produto. São mulheres, entre 30 e 39 anos, das classes socieconômicas D ou E, residentes nas regiões Norte e Nordeste com companheiro e crianças pequenas em lares de cinco pessoas ou mais.
De acordo com a Abimapi, a crise não afetou o consumo de biscoitos maisena e rosquinhas. A entidade afirma que as vendas dos tipos wafer e cobertos devem subir com a retomada do poder de compra.
A pesquisa mostra que 80% dos biscoitos são comprados entre segunda e sexta-feira e 58% são adquiridos nos super e hipermercados. Os principais motivos para a compra são: experimentar novos sabores (61%) e conveniência de ter um snack para matar a fome (33%). Os lanches intermediários representam 74% das ocasiões de consumo.
Norte e Nordeste lideram no quesito de consumo entre as macrorregiões, sendo responsáveis por 37,5% de todos os biscoitos comprados no Brasil. Seguidos por Leste e interior do Rio de Janeiro (14,5%), Sul (11%), Grande São Paulo (10,5%), Interior de São Paulo (10%), Centro-Oeste (8,5%) e, por fim, Grande Rio de Janeiro (8%).
Confira os tipos de biscoito e qual o público que mais consome o produto:
Biscoito | Perfil do consumidor |
Recheados: com creme ou outro produto próprio, podendo ser doce ou salgado | Mulheres, de 30 a 39 anos, pertencentes à classe socioeconômica C, residentes na Grande São Paulo com companheiro e crianças pequenas em lares de três a quatro pessoas |
Salgado tradicional: formato pequeno usado geralmente para acompanhar aperitivos | Homens e mulheres, 50 anos ou mais, pertencentes às classes socioeconômicas D/E, residentes nas regiões Norte e Nordeste em lares independentes ou divididos com mais uma pessoa |
Cream cracker/água e sal: laminado simples, traz na embalagem a expressão Cracker | Homens e mulheres, 50 anos ou mais, pertencentes às classes socioeconômicas D/E, residentes nas regiões Norte e Nordeste em lares independentes ou divididos com mais uma pessoa |
Seco/doce: tipos comuns, simples, que não possuem recheio ou coberturas | Homens e mulheres, 50 anos ou mais, pertencentes às classes socioeconômicas D/E, residentes nas regiões Leste e interior do Rio de Janeiro com companheiro e filhos pré-adolescentes em lares de três a quatro pessoas |
Maria/maisena: laminado simples, que trazem estampada na embalagem as expressões Maria, Marie ou Maisena | Homens e mulheres, 50 anos ou mais, pertencentes às classes socioeconômicas D/E, residentes nas regiões Leste e interior do Rio de Janeiro com companheiro e filhos pré-adolescentes em lares de três a quatro pessoas |
Wafer: formato quadrado ou retangular folheado, com recheio intercalado de creme aromatizado artificialmente | Mulheres, de 30 a 39 anos, pertencentes à classe socioeconômica C, residentes no interior de São Paulo com companheiro e crianças pequenas em lares de três a quatro pessoas |
O estudo analisou 11.300 lares que representam um universo de 53 milhões de famílias espalhadas por sete regiões segmentadas em Norte e Nordeste, Centro-Oeste, Leste (Minas Gerais e Espírito Santo) e interior do Rio de Janeiro, Grande Rio de Janeiro, Grande São Paulo, interior de São Paulo e Sul. A pesquisa foi feira durante o ano de 2016.